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Política

27/09/2015 15:05

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Indiciado na Lava Jato, Vander afirma desconhecer ação e se diz tranquilo

Após ser indiciado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por supostamente receber propina oriunda de contratos da Petrobrás, o deputado federal Vander Loubet (PT) deu um de "João sem braço" e tentou contrariar as informações, dizendo não houve indiciamento.

"Não fui indiciado, uma coisa não tem nada a ver com a outra. O que existe é um relatório da Polícia Federal que será enviado ao Ministério Público para ver se será aceito ou não", diz Vander.

Questionado sobre os depoimentos prestados, Vander além de negar os fatos, afirma que está a disposição da justiça."Já teve depoimentos e estou absolutamente tranquilo em relação a tudo isso.

Conforme a Operação, provas documentais e testemunhais apontaram  que houve corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pois Loubet teria recebido durante mandato parlamentar, R$ 1 milhão de Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato,  a mando de Pedro Paulo Leoni Ramos, secretário de Assuntos Estratégicos no governo de Fernando Collor (1990-1992).

Segundo a PF, uma parte dos valores teria sido entregue em Campo Grande (MS) e outra parte teria sido depositada em contas de terceiras pessoas, que teriam dado suporte a Vander durante sua campanha eleitoral de 2010.

  

Além disso, um inquérito da Lava Jato revelou um esquema de quitação de dívidas pessoais e de campanha do deputado, pois três pessoas e duas empresas disseram que débitos abertos por ele e por sua mulher, de ao menos R$ 144 mil, foram cobertos pela Arbor, que fazia a contabilidade do doleiro Alberto Youssef. A denúncia foi feita pelo jornal Folha de S. Paulo.

  

A Arbor era gerida pela contadora Meire Poza. À CPI da Petrobras, ela disse que emitiu cerca de R$ 7 milhões em notas frias para cobrir despesas ordenadas por Youssef. As dívidas de Loubet eram de duas naturezas: dinheiro emprestado à sua mulher e dívidas da campanha à Prefeitura de Campo Grande em 2012, quando foi derrotado.

Ainda conforme a reportagem, a mulher de Loubet tomou R$ 75 mil do produtor rural Julio Nunes e R$ 19 mil da empresária Rosangela Pereira. Tudo coberto pela Arbor. Em 2012, a produtora Accorde fez programas de TV para Loubet. No ano seguinte, recebeu repasse de R$ 50 mil da Arbor. A Accorde reconheceu que se tratava de pagamento de saldo da campanha.

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