O vereador Paulo Pedra, do PDT e integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Contas, revelou que comissão assumirá uma posição 'dura' durante o processo que vai investigar a Prefeitura de Campo Grande. Ao decorrer deste ano, alguns secretários foram convidados para dar explicações sobre a situação de Campo Grande, mas não explicaram nada.
No entanto, enquanto prestavam esclarecimentos aos vereadores, as informações repassadas aos parlamentares ficavam incompletas, justamente, porque na visão dos secretários, alegavam que eram apenas 'convidados', e que por esta razão, nem todas as informações eram levantadas. Alguns secretários até alegavam desconhecimento sobre as próprias pastas, se comprometiam em encaminhá-las depois aos edis, mas quase sempre, as informações caíam no esquecimento e não eram encaminhadas.
De acordo com Pedra, essa metodologia não será tolerada durante o processo de investigação. "Se eles fizerem isso estarão cometendo crime. Eles precisam responder todas as indagações dos vereadores. Mas a gente acredita que todos irão colaborar. Nós iremos pedir todos os documentos por meio de ofício aos secretários", afirmou.
Caso sejam encontradas irregularidades que não justifique o corte nos salários dos servidores, o vereador defende que cortes terão que ser aplicados. "Se ficar comprovado algo de errado, a CPI vai determinar que cortes sejam feitos de forma imediata".
Conduta
Outro ponto alegado pelo vereador é com relação a conduta da investigação por parte dos participantes. "A investigação tem que ocorrer de maneira transparente e com a completa isenção. Na minha ideia, a gente não pode condenar ou absorver ninguém".
Entre os participantes está o vereador Airton Saraiva, do DEM, que ocupou a vaga do PMDB, após ser indicado pelo atual líder do prefeito, Gilmar Olarte, Edil Albuquerque - amigo pessoal do democrata. "O Saraiva é um governista, mas acredito que ele irá atuar com isenção na CPI, aliás, essa será a conduta dos cinco membros".
O vereador ainda vai propor na reunião que deve acontecer às 14 horas, na Câmara Municipal, que os parlamentar que faltar nas reunião pelo menos três vezes, deverá ser cortado da comissão e dar lugar a outro parlamentar. "Mesmo que ainda seja por motivos de doença", finaliza.