Ao tomar conhecimento do pedido feito pelo presidente da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), deputado estadual Junior Mochi (PMDB), Marquinhos Trad (PSD) afirmou que não pretende atender a solicitação do peemedebista para alterar requisitos na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Fantasmas.
Na proposta de abertura da comissão, Marquinhos solicita que o colegiado realize um levantamento da ficha funcional de todos os parlamentares nos últimos 30 anos, para investigar supostos funcionários fantasmas e nepotismo cruzado entre os poderes. O deputado garante que não vai alterar a proposta de Mochi, levando em consideração que durante campanha eleitoral, candidatos rivais tiveram acesso a sua folha de ponto no ano de 1986.
"Não vou alterar o término, porque conseguiram a minha folha de ponto de 1986 durante um ato político. Se colocar para investigar até 1990, fica o restante sem ser investigado, se colocar somente o atual, parece que eu não quero ser investigado, então eu vou manter a proposta", diz o deputado estadual.
Segundo Marcos Trad, a atitude do presidente da Casa de Leis em enviar a proposta para ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça, contraria o regimento interno. "A tramitação da CPI é inédita, nunca teve essa tramitação que vai contra o regime interno da Casa. Cabe ao presidente decidir se abre ou não, está errado encaminhar para a CCJ".
Ao relembrar que outras comissões passaram pela CCJ, como a CPI do Cimi e do Genocídio, Trad afirma que houve erro da mesa diretora. "Se aconteceu, a mesa diretora errou, isso anula todo o processo". Após afirmar para a imprensa que não vai modificar a proposta, Marquinhos deve fazer o comunicado oficial para o presidente da ALMS.