Após ter a primeira tentativa de mandar a ex-primeira-dama do estado do Rio para a cadeia negada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com um novo pedido de prisão contra Adriana Ancelmo.
Agora, a decisão ficará à cargo da 1ª Turma Especializada, do Tribunal Regional Federal (TRF 2). O desembargador Abel Gomes determinou um prazo de dois dias para que Adriana apresente sua defesa.
Adriana Ancelmo é suspeita da prática de lavagem de dinheiro e de ser beneficiária de um esquema criminoso comandado por seu marido, o ex-governador Sérgio Cabral. Os investigadores da Operação Lava-Jato identificaram pagamento realizados por Adriana em dinheiro vivo e afirmam que a ex-primeira-dama lavava o dinheiro através de aquisição de bens, com pagamentos realizados também com dinheiro em espécie ou depósitos em cheque.
Promotores apontam que o escritório de advocacia de Adriana registrou um crescimento vertiginoso ao longo dos dois mandatos de Sérgio Cabral como governador. Os procuradores também avaliam o desembolso de mais de R$ 13 milhões da Fecomércio para a firma de Adriana, entre 2013 e 2016. O valor é maior que a soma de todos os clientes nos anos anteriores a 2013.