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Política

12/02/2015 14:56

Mulher que denunciou esquema de Olarte ganhou cargo comissionado na Câmara

  • Prefeito Gilmar Olarte (PP) é acusado pelo MPE de corrupção e lavagem de dinheiro. Foto: Deivid Correia
  • Prefeito Gilmar Olarte (PP) é acusado pelo MPE de corrupção e lavagem de dinheiro. Foto: Deivid Correia
  • Prefeito Gilmar Olarte (PP) é acusado pelo MPE de corrupção e lavagem de dinheiro. Foto: Deivid Correia

Uma das pessoas que prestaram depoimento e embasam a denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro apresentada pelo Procurador-Geral do MPE (Ministério Público Eleitoral), Humberto Brites, contra o prefeito Gilmar Olarte (PP) e seu assessor Ronam Feitosa, ganhou cargo comissionado na Câmara de Vereadores de Campo Grande. Antes de se tornar testemunha, Marly Deborah Pereira de Campos, aparece fazendo vários apelos ao prefeito por meio da rede social Facebook sobre uma dívida.

O esquema investigado pelo Gaeco aponta que Olarte e seu assessor teriam pegado dinheiro e cheques emprestados de várias pessoas, prometendo vantagens após assumir o cargo de prefeito.

De acordo com o desembargador Francisco Gerardo de Souza “...a denúncia narra uma gama complexa de fatos relacionados a suposto esquema engendrado por Gilmar Antunes Olarte, Ronam Lima Feitosa e Luiz Feliciano e fim de angariar recursos e dissimular sua origem, obtendo de diversas pessoas cheques, mediante uso de influência político-religiosa e promessa de nomeação em cargos comissionados, cessão de uso de terrenos públicos e facilitação em contratos com a administração pública”.

No processo que está no TJ-MS (Tribunal de Justiça do Estado), Marly relata que emprestou cheques de seu filho, Fabrice Amaral, para o prefeito e seu assessor, e que se valendo de tal conta bancária eles movimentaram cerca de R$ 155,1 mil, o que fez com que a gerente do banco chegasse a chamá-los para saber sobre a vultosa quantia de dinheiro.

Na conversa por meio do Facebook com o prefeito, Marly diz a Olarte que seu pai chegou a ter um AVC (Acidente Vascular Cerebral) devido à gravidade dos fatos e que ainda havia uma dívida de R$ 3,5 mil a saldar na conta bancária de Fabrice.

Marly relata ainda que “em meados de 2013, os cheques começaram a voltar; que nessa ocasião procurou Ronam Edson e Gilmar Olarte para tratar dos cheques; que procurou pelos mesmos várias vezes, sendo que as reuniões se deram na própria Vice-prefeitura, na sala de Gilmar Olarte, bem como e um escritório na rua Sebastião Lima...”, diz trecho do depoimento fls 223/229 do PIC 02/2014 – autos principais.

Em seguida, ela conta que “Gilmar sempre dizia para a declarante ficar tranquila, que tudo ia ser resolvido; que Gilmar iria nomear a declarante e cargo comissionado, quando assumisse a prefeitura; que Gilmar Olarte sempre condicionava o pagamento dos cheques a cassação de Alcides Bernal”, fls 226 do PIC 02/2014 – autos principais.

Coincidentemente, um mês após a chegada de Olarte ao cargo de prefeito, em 13 de março de 2014, por meio do Decreto n. 6.614, o Presidente da Câmara de Vereadores nomeou Marly para cargo comissionado de Assistente Parlamentar IV na Casa de Leis:

DECRETO N. 6.614

 

MARIO CESAR, Presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais, R E S O L V E:

 

NOMEAR MARLY DEBORAH PEREIRA DE CAMPOS para o cargo em comissão de Assistente Parlamentar IV, Símbolo APCM-109, em vaga prevista na Resolução n. 937/95, de 27.04.1995, e respectivas alterações posteriores, a partir de 1º de abril de 2014.

 

Câmara Municipal de Campo Grande-MS, 14 de abril de 2014.

MARIO CESAR Presidente

 

De acordo com informações da página de Transparência da Câmara, o símbolo aponta que a servidora recebia salário de R$ 1.109,55, com vantagem de até 200% de gratificação de representação nos vencimentos, ou seja, com salário até 3,3 mil. Ela foi exonerada em julho do ano passado, quatro meses depois.

Contudo, apesar de ser nomeada como Assistente Parlamentar, não é possível saber para qual vereador Marly Déborah estaria trabalhando, nem o serviço desempenhado pela mesma.

Outro lado

 

A reportagem entrou em contato por diversas vezes com o vereador Mário César (PMDB), mas não obteve resposta. Na Casa de Leis foi possível apurar que Marly Débora foi nomeada em abril, a pedido do vereador Herculano Borges (SD), e exonerada logo depois, em julho de 2014, conforme Diogrande 6.680. O vereador Herculano Borges também foi procurado, mas não atendeu as ligações.

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