Abalado pelos escândalos envolvendo o ex-prefeito Marquinhos Trad, o PSD praticamente derreteu em 2022, após o sucesso estourado nas eleições municipais que garantiram a maior bancada na Câmara Municipal de Campo Grande.
Sem Prefeitura de Campo Grande, e com redução na presença federal e na Assembleia Legislativa, o partido passa a viver um momento crítico em sua curta história em Mato Grosso do Sul.
Do partido, apenas Tiago Vargas conseguiu se sobressair, com votos suficientes para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Mesmo assim, ele ainda não tem posse garantida já que estaria inelegível após ter sido demitido da Polícia Civil. O caso ainda deve ser analisado pela Justiça Eleitoral.
Caso não tenha o recurso aceito, Vargas é substituído por Pedro Pedrossian Neto, também do PSD, neto do ex-governador do Estado.
Felipe Orro, que deixou o PSDB para se aventurar ao lado de Marquinhos, ficou de fora. Pior ainda, deixou a esposa, Viviane Orro, na cova dos leões, já que ela teve que balancear o machismo da chapa com um candidato denunciado por crimes sexuais, que supostamente trocava cargos e vantagens em troca de sexo com mulheres em situação de fragilidade.
O partido ainda se garante com a bancada municipal, mas minguou em força. Coringa perdeu para deputado federal, assim como Otávio Trad e Silvio Pitu não conseguiram espaço na Assembleia Legislativa.
Além disso, o irmão de Marquinhos, Fábio Trad, ficou novamente sem mandato. Nelsinho Trad ainda se garante porque o mandato de senador é de 8 anos.