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CAMARA MUNICIPAL MARÇO 2024
Política

Novos vereadores ficam em cima do muro e não definem apoio à Bernal

18 dezembro 2015 - 10h48Por Izabela Sanchez e Rodson Willyams

Os suplentes empossados na Câmara Municipal de Campo Grande nesta sexta-feira (18) permanecem “neutros” e não arriscam declarar apoio ou oposição ao prefeito Alcides Bernal (PP). Dos três que assumiram oficialmente o cargo, dois são novos na Câmara Municipal, enquanto Eduardo Cury (PTdoB) já estava na Casa de Leis.

Um dos novatos, Lívio Viana de Oliveira (PSDB) declarou que, por enquanto, “não tem lado definido” em relação ao prefeito. “Pretendo fazer o papel de legislador, por enquanto não tenho nenhum lado definido e o meu sentido na Câmara é de contribuir”, afirmou. O parlamentar é médico e anteriormente ocupava vaga de secretário-adjunto da Secretária Estadual de Saúde.

O tucano, que substitui o vereador cassado Delei Pinheiro (PTdoB), também havia afirmado em campanha, no ano de 2012, que iria doar todo o salário como vereador. Ainda assim, preferiu não tocar no assunto. “É uma questão de foro íntimo, não é questão de apologia e o meu objetivo aqui é servir”.

Roberto Santos Durães (PT), substituto de Thaís Helena, chegou à Casa de Leis demonstrando uma postura de distanciamento em relação ao partido. “Até o momento, o partido não conversou comigo e não sei se o PT me considera vereador pela legenda. Está ocorrendo uma inversão de valores”, criticou.

O petista também está em cima do muro em relação ao prefeito, declarando “relação apenas institucional”. “Tenho uma equipe e o objetivo é atender a sociedade, e no momento a relação será institucional”, disse.

Em relação ao ano movimentado na Câmara, com vereadores envolvidos em escândalos e em casos de corrupção, os dois parlamentares preferiram não demarcar opiniões. “É um ato do Poder Judiciário e vai ser executado a partir daí”, afirmou Lívio Viana.

É a mesma posição do petista, que preferiu deixar claro que “o assunto cabe ao Poder Judiciário”. “Não sou magistrado, mas o meu compromisso é trabalhar pela sociedade”. Ainda assim, Roberto provocou as possíveis alianças em torno de interesses dentro da Casa, ao afirmar que "precisa acabar com conchavos políticos”.