Pelo desenho político preparado pelas legendas partidárias, ao menos até agora, a disputa pela prefeitura de Campo Grande, alcançou pouco mais da metade das candidaturas de 2016, ano que 14 partidos concorreram ao principal mandato político da cidade.
Pela apuração do TopMidiaNews, em Brasília, junto à bancada federal, “é certo” que ao menos nove partidos se enfrentem no dia 30 de outubro do ano que vem, daqui um ano e um mês.
O prefeito Marquinhos Trad, do PSD, já disse por repetidas vezes que é o “candidato natural do partido”. Ele venceu a hoje deputada federal do PSDB, Rose Modesto, no segundo turno, por vantagem de 72 mil votos.
Rose quer disputar as eleições, mas enfrenta resistência do próprio partido, que estaria comprometido em montar aliança acerca da candidatura de Marquinhos.
Correligionários próximos da deputada garantem que a parlamentar mantém o propósito ainda que, para isso, tenha de trocar de partido. Ela disse já ter sido sondada por ao menos três legendas. No entanto, desconversa sempre que questionada sobre a eventual mudança: “estou no PSDB, desejo disputar a prefeitura, mas isso depende da vontade popular”.
Com ou sem Puccinelli, MDB deve lançar candidato - Foto: André de Abreu
O ex-governador André Puccinelli, o mandatário da legenda, já disse ter conversado com Rose, mas o diálogo não produziu desfecho. Eduardo Rocha, deputado estadual do partido, disse, em Brasília, que Puccinelli seria a “opção melhor”. No entanto, o parlamentar afirmou que o ex-governador estaria “resistindo à ideia”.
Dagoberto Nogueira, deputado federal do PDT, já manifestou interesse na candidatura. Ele disse que o partido deve recorrer a pesquisas para definir os nomes. “Eu quero concorrer”, confirmou o parlamentar.
O PSL, partido da senadora Soraya Thronicke e do deputado federal Tio Trutis, também está na fila por candidatura. O comando nacional da sigla informou que intenção do partido em disputar prefeituras de cidades com população superior a 100 mil habitantes. O nome do ex-capitão (do Exército) Contar, deputado estadual, já foi ventilado com possível aposta da legenda.
Capitão Contar já fala em possível candidatura - Foto: André de Abreu
O ex-coronel (Polícia Militar) Davi, deputado estadual, que nas eleições de 2016 disputou a prefeitura pelo PSC, é outra opção do PSL.
O PT, já por tradição – concorre à prefeitura de Campo Grande desde o início da década de 1980 – vai concorrer, segundo o deputado federal Vander Loubet.
O petista disse que o nome do deputado estadual Pedro Kemp é uma das alternativas do partido, que tem ainda como opção Cabo Almi, outro deputado estadual. Zeca do PT, ex-governador, sem mandato desde janeiro passado, disse Vander, tem articulado o partido no Estado. A missão de Zeca é a de articular as alinças.
Zeca faz as articulações dentro do PT - Foto: Wesley Ortiz
Nas eleições do ano que vem, as alianças só serão possíveis nas disputas pelas prefeituras.
O PTB, desde que anunciou a filiação do ex-senador Delcídio do Amaral, mostra-se animado com a disputa na capital sul-mato-grossense.
O PP, ao menos entre os integrantes do partido, já afirmou que disputa a prefeitura. O ex-prefeito Alcides Bernal, que deixou o comando regional do partido, seria uma das opções, conforme dito por ele próprio em entrevistas divulgadas pela imprensa estadual.
O DEM também se entusiasmou com as disputas municipais, logo no início do ano, assim que dois integrantes da legenda viraram ministros de Estado – Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Tereza Cristina (Agricultura).
Ao TopMidiaNews, o vice-governador Murilo Zauith, outro democrata, garantiu que a legenda entra na disputa pela prefeitura da cidade. Contudo, ele disse que ainda não há nomes que despontam como os eventuais candidatos.