O PSDB sabe que o deputado federal e pré-candidato ao Senado, Reinaldo Azambuja, sozinho, não dará a sustentação que o partido necessita conquistar em Mato Grosso do Sul. Nomes esporádicos, bem avaliados pela população e bons de voto, a legenda sempre teve aqui no estado. Lúdio Coelho, Marisa Serrano, Roberto Orro e Valdir Neves são alguns desses nomes.
Os atuais deputados estaduais tucanos, também são bons nomes, mas não têm a projeção estadual de que o partido necessita. Podem se reeleger ou tentar voos mais altos, como a Câmara Federal, mas ainda assim faltará algo mais para a consolidação da sigla.
O grande diferencial peessedebista é a modernidade política que o partido se propõe, como fica claro com o projeto “Pensando MS”, que ouviu a população do estado – primeiro da Capital, com o Pensando Campo Grande – para, desta forma, traçar um programa de governo.
Agora, a questão que os dirigentes e filiados discutem é: para onde irão os votos das proporcionais se o partido fizer uma aliança branca com Delcídio do Amaral? Esta é a questão a ser analisada. A segunda é intuir de que forma a população vai entender essa aliança não formal.
Entender de que forma será visto um candidato que suba no mesmo palanque que Reinaldo, sem que peça votos para si, e o quanto isso “parecer” engodo político. O pensamento é avaliar quantos votos serão perdidos com isso e como ficará a imagem do partido a partir dessa manobra.
Delcídio sofrerá menos com isso, porque o eleitor separa, dá mais importância para o candidato ao governo, como se fossem eleições separadas. O governador é único e executor de ações que afetam diretamente sua vida; o senador será mais um entre tantos, com atuação que abrange fronteiras além-estado. Assim pensam, assim votam.
Se o eleitor pensa assim, os políticos sabem disso e pesaram esse aspecto no momento de decidirem por uma coligação. Sem candidato ao governo, Reinaldo Azambuja perde, o PSDB perde.
Essa verdade é de tal forma clara que basta olhar para a candidatura de Nelson Trad Filho (PMDB). Sem sustentabilidade, com a base de apoio partidária dividida, com os nomes fortes evitando avalizar seu nome, o partido que arregimentou apoio de 17 siglas nas eleições da Capital, vem tendo dificuldades para conseguir meia dúzia de partidos que o acompanhem.