As polêmicas em torno da entrega da obra do Aquário do Pantanal, a maior e mais cara da gestão do governador André Puccinelli (PMDB), foi noticia na imprensa nacional, nesta segunda-feira (30). A reportagem, publicada no site do jornal Folha de São Paulo, destaca que o governador encerra o mandato sem concluir o aquário com custo estimado em R$ 150 milhões.
Maior aquário de água doce do mundo, com seis milhões de litros da água e 32 tangues de peixes, a obra tinha previsão inicial de custar R$ 85 milhões. Mas, em números oficiais, já ficou 40% mais cara. Estimativa extraoficial dá conta de que o custo beira os R$ 300 milhões.
Suplementações para conclusão do projeto foram feitas até os últimos minutos da gestão de Puccinelli. No dia 15 de dezembro, mesmo sem ter prazo definido para inauguração, o Aquário do Pantanal ganhou mais R$ 13,9 milhões.
Uma das polêmicas é a contratação da empresa Fluidra Brasil, que vai ganhar R$ 25 milhões para gerir o sistema de suporte à vida do Aquário. O contrato é alvo de investigação do Ministério Público Estadual.
No mesmo dia em que a suplementação foi publicada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, Puccinelli admitiu à imprensa que a obra não seria inauguraria na sua gestão, deixando a responsabilidade para o sucessor, Reinaldo Azambuja (PSDB). O governador eleito afirmou que entregaria a obra para a auditoria de sua equipe e que somente após aprovação nas contas colocaria dinheiro público no projeto.