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Política

13/04/2014 16:00

Olarte na Capital pode repetir Dourados de Artuzi

Política revisitada

Operação do Ministério Público Estadual (MPE) feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), que cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do prefeito empossado, Gilmar Olarte (PP), na manhã de sexta-feira (11), chamou a atenção para as denúncias que haviam sido veiculadas apenas pelas redes sociais.

Segundo foi divulgado, a operação objetivava a prisão de dois guardas municipais que faziam a segurança do prefeito e de seus familiares e que portavam armas de fogo sem que tivessem o porte exigido.

No momento da ação, nenhuma informação foi repassada pelos órgãos de segurança, gerando especulações diversas. Por fim, foi informado que o segurança Ricardo Aguiar Castelhano havia sido abordado em seu veículo, e em seu poder foi encontrada uma arma municiada Taurus semi-automática calibre 380. Detido, o próprio Ricardo informou que outro guarda municipal também trabalhava armado.

Fabiano de Oliveira Neves, quando este chegava à residência do prefeito, foi também detido em flagrante e encaminhada para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário.

No entanto, os policiais do Gaeco possuíam mandato para averiguar a residência do prefeito e, aparentemente, a detenção dos dois seguranças foi um acaso, mas serviu para encobrir o real objetivo da ação. Da residência os policiais levaram documentos para serem periciados.

A operação prossegue e as informações não foram repassadas por serem segredo de justiça. Olarte se colocou à disposição da Justiça para ajudar na operação, mas reforçou que seu objetivo é manter o foco na gestão municipal. "Estamos tranquilos porque fui informado pela promotoria que este é um trabalho normal, e se está em segredo de justiça no Ministério Público, não sou eu que vou responder", disse o prefeito.

Estranho segredo, estranho processo

Estranhas as declarações do prefeito, porque era normal invadir casas em busca de documentos nos temos da ditadura que vingou no país; em momentos democráticos não é comum que se tenham policiais de um grupo como o Gaeco, revirando casas "com autorização judicial", para casos banais.

Defesa

Em nota divulgada ainda na sexta-feira, a assessoria do prefeito emitiu uma nota de esclarecimento, onde aponta um ex-assessor do prefeito cassado, Alcides Bernal, como o responsável pela busca realizada.

Nota de Esclarecimento

O prefeito Gilmar Olarte vem a público informar que recebeu na manhã de sexta-feira, em sua residência, o promotor Marcos Alex de Oliveira, do Gaeco, para notificá-lo a prestar esclarecimentos sobre o inquérito que apura supostas irregularidades praticadas por ex-assessor do ex-prefeito Alcides Bernal. O prefeito se colocou à disposição do Ministério Público para prestar todos os esclarecimentos, em dia e hora a serem agendados.

 

O prefeito deixa claro que não teve nenhuma participação nos fatos objeto da investigação sobre os quais não pode se manifestar, já que está sob sigilo por determinação da judicial.

 

O ex-assessor, por decisão do Ministério Assembléia de Deus Nova Aliança, do qual o prefeito é presidente de honra, em dezembro do ano passado foi excluído por sua conduta incompatível com os padrões e princípios éticos da instituição.

 

Em relação aos guardas municipais, detidos pela equipe do Gaeco por porte ilegal de arma, foi aberto um procedimento administrativo para apurar a conduta dos guardas e adotar as providências cabíveis.

Repetição

A história se repete como em Dourados, segunda maior cidade do estado, onde um candidato de oposição, mas bem avaliado pelos eleitores, ousou e conseguiu romper um ciclo de comando político. Ari Artuzi, que no último momento de sua campanha teve o aparente apoio dos mandatários da região, se viu prejudicado intencionalmente em seu governo.

Também ele, por não ter experiência ou competência administrativa foi facilmente engendrado na trama que culminou com a operação Uragano e contou com delação premiada de seu secretário de comunicação. Junto com o prefeito, caiu seu vice e a quase totalidade dos vereadores.

Em Campo Grande

Pelo que indicam os acontecimento e a velocidade com que têm se desenvolvido, após a cassação de Bernal e a posse de Olarte, que formou um secretariado contemplando vereadores e os administradores ligados à gestão Nelsinho, em breve poderemos ter um governo interino nas mãos do vereador e presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), reeleito para seu segundo mandato com 5.487, bem distante dos mais de 270 mil votos de Bernal.

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