Os trabalhos na Câmara Municipal de Campo Grande foram marcados por mais uma sessão relâmpago nesta quinta-feira (3). Assim, os parlamentares encerram a semana sem muita produtividade e pautas importantes permaneceram travadas diante do período de instabilidade que a Casa de Leis passa nas últimas semanas.

Prazos, como o parecer da Procuradoria-Geral da Câmara sobre o pedido de afastamento do prefeito Gilmar Olarte, do PP; o pedido de vacância do cargo de prefeito de Campo Grande, protocolado pelo pecuarista Luiz Pedro Guimarães e até sobre o parecer de cinco dias da Comissão Processante foram deixados de lado nesta semana pelos parlamentares.

Nesta quinta-feira (3) completa mais de uma semana em que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), por meio da Justiça, cumpriu o mandado de condução coercitiva de 13 pessoas, sendo nove vereadores, 1 ex-vereador e mais três empresários. Todos investigados na Operação Coffee Break que tem como objetivo de apurar possível compra de votos e favorecimentos sobre a cassação do atual prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal.

Na mesma data, terça-feira (25), ocorreu o afastamento do prefeito Gilmar Olarte, do PP, e do presidente da Casa de Leis, Mario Cesar, do PMDB, ambos estão impedidos pela Justiça de exercerem as suas funções e impedidos de entrar nos prédios públicos, prefeitura e Câmara Municipal, respectivamente. E a volta do prefeito Alcides Bernal que completa hoje, uma semana, após ser reconduzido pela Justiça ao cargo de prefeito de Campo Grande.

Durante esta semana, houve depoimentos com novos vereadores na sede do Gaeco, e devido ao período de instabilidade política, a produção dos vereadores não rendeu muito na Casa de Leis. Na terça-feira (1º), a sessão foi relâmpago devido a falta de quórum já que alguns vereadores não estavam presentes e marcada pela volta de alguns vereadores que ocupavam a antiga administração de Olarte. E saída de Paulo Pedra (PDT) e a chagada do médico, José Eduardo Cury (PTdoB), ocupa a vaga de deixada por Pedra que foi para administração de Bernal.  

Ontem (2), a sessão transcorreu normalmente, os vereadores analisaram vetos do ex-prefeito, que não tinham muita expressividade para a cidade e mantiveram a mesma decisão tomada pelo ex-administrador.

Por fim, durante a sessão desta quinta-feira (3), também ocorreu de forma relâmpago e terminou mais cedo com a aprovação de dois projetos. Com isso, pautas ficaram travadas em meio a instabilidade política e a intensificação da crise financeira instalada em Campo Grande.