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Política

Patrimônio de metade dos vereadores daria para construir 8 postos de saúde

Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral

18 agosto 2016 - 07h00Por Rodson Willyams

A renda declarada de pouco mais da metade dos vereadores de Campo Grande daria para construir pelo menos oito Unidades Básicas de Saúde da Família, as UBSF. Dos 29 parlamentares, 16 declararam R$ 10,6 milhões em bens e patrimônio. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral.

Entre os vereadores com rendimentos milionários, o médico e ex-secretário municipal de Saúde, na gestão de Gilmar Olarte, do PROS, vereador Jamal Salem, do PR, é o mais rico, com R$ 5,5 milhões. Logo depois, Edil Albuquerque, do PTB, que já foi vice-prefeito da Capital durante a gestão do ex-prefeito Nelson Trad Filho, do PTB, e também secretário de Olarte, declarou patrimônio de R$ 2 milhões. O engenheiro Edson Shimabukuro, declarou R$ 1,8 milhão, seguido do presidente municipal do PSDB e novato na Câmara, Lívio Viana, que tem R$ 1,1 milhão em patrimônio.   

Há ainda registro dos seguintes vereadores: Betinho (PRB), que declarou R$ 197 mil; o médico Eduardo Cury (PSDB), com R$ 320,5 mil; José Chadid (PSDB), com R$ 375,8 mil; Luiza Ribeiro (PPS) com R$ 245 mil; Otávio Trad (PTB), com R$ 293,6 mil e Magali Picarelli, do PSDB, com R$ 540 mil.

O presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha, do PSDB, homologou a sua campanha e declarou R$ 234,5 mil em bens. O vice-presidente da Casa de Leis, Flávio César, do PSDB, declarou rendimento de R$ 385 mil; e o primeiro secretário, vereador Carlos Augusto, o Carlão, com R$ 491,9 mil e o terceiro secretário da Mesa Diretora, vereador Waldecy Batista Nunes, o Chocolate (PTB) com R$ 235,8 mil. 

Por outro lado, recém-chegado ao Poder Legislativo, o vereador Francisco Saci, do PTB, declarou ausência de patrimônio à Justiça Eleitoral. Saci era suplente de Elizeu Dionizio (SD), que deixou a Casa de Leis para assumir a vaga do deputado federal Márcio Monteiro (PSDB), hoje Secretário de Estado.

Oito UBSFs  

Em comparação referente a declaração de metade de bens declarados por 15, de 16 vereadores, seria possível construir oito unidades de saúde em Campo Grande. O valor pode ser comparado em recente obra inaugurada pelo prefeito Alcides Bernal, do PP, em junho deste ano. 

Na ocasião, a Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF), localizada no bairro Jardim Paradiso custou aos cofres públicos R$ 1,3 milhão, sendo R$ 400 mil do Ministério da Saúde e o restante, R$ 898 mil foram provenientes da Prefeitura de Campo Grande. 

Conforme dados fornecido pelo site da prefeitura, a unidade de saúde tem 460 m² de construção e conta com seis consultórios médicos e três odontológicos que presta assistência médica a 12 mil pessoas, abrangendo oito bairros da região na Capital. Nesta UBSF é oferecido atendimento de médico generalista, odontológico (adulto e pediátrico), enfermagem e de serviço social. Além de atendimentos nos programas: Assistência Integral à Saúde da Mulher, Saúde do Idoso, Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, controle da Tuberculose e da Hanseníase. E ainda realiza coleta do exame de colpocitologia oncótica (preventivo do câncer de útero) e exame clínico da mama.

No entanto, vale ressaltar que ainda falta contabilizar o valor de mais sete parlamentares com mandato político que não registraram suas campanhas e devem disputar a reeleição. O prazo no TSE para registrar campanha encerrou às 19 horas (horário de Brasília), da última segunda-feira (15). O valor estabelecido pela Justiça Eleitoral para o limite de gastos com campanha nesta eleição, obedecendo as novas regras, custa R$ 643.105,41, para cada candidato a vereador.