O deputado federal Marcos Pollon (PL) foi o entrevistado no programa Papo Reto, do TopMídiaNews. Ele argumentou que o presidente Lula (PT) tem se mostrado um vexame na articulação política no Congresso Nacional.
O parlamentar diz não reconhecer Lula como presidente, apesar de se considerar defensor da democracia. Também se refere a ele como ''Dilmo'', em tom pejorativo, para suposta dificuldade de se comunicar de ambos, como se esquecesse que o atual presidente foi antecessor de Dilma Rousseff e que a economista hoje ocupa o cargo de presidente do banco dos Brics, com a anuência de todos os países participantes do grupo.
Pollon alega que se surpreendeu com a articulação política do atual governo e de Lula, pois não esperava resistência do Congresso Nacional considerado um dos mais conservadores da história.
''Ele [Lula] tinha a fama de articulador... era reconhecido por fazer política bem feita'', comentou o deputado, que acrescentou: ''achei que ele costuraria bem no centro [centrão] e que nós [direita] ficaríamos isolados''. ,
No entanto, refletiu Pollon, o presidente petista vive sequências de vitórias e derrotas - o que é costumeiro de qualquer gestão que não tenha a maioria absoluta nas Casas de Leis.
''Pra minha surpresa, está demonstrando inaptidão, beirando a inabilidade absoluta'', disparou Marcos.
Com a articulação governamental que Pollon considera 'pífia', o deputado pró-armas e bolsonarista diz que o espectro da direita têm obtido boa performance no Congresso.
''Uma semana a gente vence, outra a gente perde em pautas difíceis, na outra a gente vence por maioria esmagadora e outra a gente perde por maioria esmagadora'', refletiu mais uma vez o federal, que garante ter grande experiência política como civil, apesar de ficar surpreso com alternâncias comuns durante uma gestão democrática.
As pautas ''difíceis'' às quais ele se refere foram, por exemplo, a retirada de pauta da PL (Projeto de Lei) das Fake News, dada como causa perdida pela direita. ''E foi uma vitória nossa'', celebrou Pollon, que considera a proposta para evitar que mentiras sejam espalhadas impunementes uma tentativa de censura do poder público.
Mas também houve reveses, como no caso do projeto do ''Arcabouço Fiscal'', que a direita chama de ''calabouço fiscal''. O projeto, que permite o governo gastar mais que arrecada, teve aprovação folgada.
Pollon também destacou vitória no projeto de lei do Marco Temporal e derrota no texto da ''MP dos Ministérios'', que autoriza o governo a aumentar o número de pastas para os exagerados 37.
Confira a íntegra da entrevista no link abaixo