O deputado federal Marcos Pollon (PL) sugere que as invasões às sedes dos Poderes da República, reconhecidas pela data ''8 de janeiro'', foram uma farsa. Ele faz parte da CPMI que vai investigar quem financiou as manifestações, associadas a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas questionada pela oposição ao governo.  

Pollon foi o entrevistado especial do Papo Reto, edição desta segunda-feira (5), sob o crivo dos jornalistas Vinícius Squinelo e Diana Christie. 

O deputado foi questionado sobre o que achava do quebra-quebra no Palácio do Planalto e respondeu que foi uma "atitude lamentável", mas que duvida que os envolvidos sejam realmente bolsonaristas. 

Primeiro, Pollon destacou que, nos quatro anos de governo Bolsonaro, as manifestações foram vultuosas, sem qualquer sujeira ou violência, ignorando o fato que protestos costumam ser liderados pela oposição e que o ex-presidente se apropriou dos movimentos sociais com as motociatas - que custaram caro aos cofres públicos.  

''Nós vimos membros do Governo Federal facilitando entrada de vândalos, dando guarida... '', acusou Pollon, em relação a vídeo polêmico que mostra servidores do SGI (Superintendência de Gestão da Informação) ajudando manifestantes a entrarem no local.

Ele cita informações vindas da oposição, dando conta que membros do governo fraudaram relatório para ‘’apagar’’ a participação de autoridades ligadas a Lula no dia dos fatos, apesar da investigação da Polícia Federal que identificou empresários e políticos de Mato Grosso do Sul envolvidos no episódio.

''Em todo ato violento em política, se você quer saber quem é o autor, basta ver quem foi o beneficiado. E o dia 8 de janeiro foi um presente para o Lula'', refletiu o parlamentar bolsonarista. 

Pollon defende a CPMI e diz que a Polícia Federal e o STF estão investigando quem participou e a Comissão quer descobrir quem financiou os atos. Assista: