Conselho de Ética da Câmara dos Deputados começou, nesta terça-feira (9), sessão dedicada a depoimentos de testemunhas indicadas por parlamentares acusados de obstruir a Mesa Diretora da Câmara, em 6 de agosto deste ano. Marcos Pollon (PL) é um dos julgados e pode ter o mandato suspenso.
É nesse colegiado que serão julgados Pollon, Marcel Van Hattem (Novo) e Zé Trovão (PL). Os três podem ter mandatos suspensos em razão da rebelião. O relator do Conselho vai emitir um parecer para servir de guia para os deputados em plenário decidirem sobre culpa ou inocência.
Surpresa
Pollon interagiu e questionou o deputado Coronel Meira, do mesmo partido, sobre o ocorrido na ocasião. Nas perguntas e respostas, a argumentação é que foi feito um acordo de líderes junto ao presidente da Casa, Hugo Motta, dando conta que os oposicionistas iriam desobstruir a Mesa.
Ainda segundo apontado Pollon e a testemunha, na ocasião ficou combinado que as lideranças iriam avisar os parlamentares rebeldes que ainda ocupavam a mesa para que houvesse desobstrução em bloco. Porém, antes dos ocupantes do espaço ficarem cientes do acordo, Motta desceu e acessou o local ainda na presença dos rebeldes, o que causou confusão.
Apesar da presença dos revoltosos na Mesa, Pollon e Meira garantiram que não houve hostilidade para Motta se acomodar e os trabalhos seguiram normalmente.
Tratante
O acordo para desobstrução da Mesa se deu após promessa das lideranças em pautar a PEC das Garantias e também a PEC da Anistia. Porém, o grupo de Pollon lamenta que a votação do perdão aos manifestantes do 8 de Janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nunca chegou nem perto de ser votada.
A sessão segue nesta terça-feira com mais testemunhas. Marcos deve ter outro processo analisado no Conselho, que diz respeito a ofensas ao presidente Hugo Motta, ocorridas durante ato pró-Bolsonaro, em 3 de agosto, em Campo Grande. Pollon diz que os termos ''Bosta'' e ''Baixinho de 1,60 cm'' se deram fora do Parlamento e por isso não configuram quebra de decoro.







