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Política

09/11/2015 07:00

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Portal da Transparência? Na Assembleia, informação é 'missão impossível'

O portal da transparência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul não é uma ferramenta fácil para o entendimento da população, já que conseguir uma informação relevante  se torna uma 'missão impossível'. Aqueles que não possuem boas habilidades para navegar na rede, não conseguem nem mesmo buscar o nome de um parlamentar e acompanhar o trabalho desenvolvido na Casa.

Na busca de parlamentares através do link 'empenhos' - que só é encontrado depois de pelo menos outros quatro cliques - é possível perceber que o nome de alguns deputados não aparecem na lista. A deputada Antonieta Amorim do PMDB é um deles, já que pelo site da ALMS, Antonieta aparece com o sobrenome Amorim e na busca, seu nome não está disponível.

 

Outro peemedebista que não aparece no portal é Eduardo Rocha, pois ao pesquisar o nome do parlamentar, o internauta encontra apenas Eduardo Guilherme Ansbach. O que chama a atenção é que o navegante acaba sendo 'vencido pelo cansaço', já que nem mesmo na página de cada deputado no site da Casa de Leis  as pessoas conseguem ter conhecimento sobre seu nome completo.

O nome de Beto Pereira do PDT também gera transtornos ao ser procurado. Na busca pelo parlamentar, o internauta acaba tentando 'adivinhar' o nome do deputado que na hora do 'adivinha', acaba acreditando que Beto se chama Roberto. Mas ao pesquisar no portal, não é possível encontrar nem Roberto Pereira e muito menos Beto Pereira. Se o leitor for 'insistente', vai até o famoso 'Google' e pesquisa o nome do deputado, descobrindo assim, que seu nome completo seria Humberto Rezende Pereira, encontrando enfim, a página do deputado no portal.  

Mas a dificuldade em encontrar o nome completo dos parlamentares se estende até mesmo ao presidente da ALMS, conhecido como deputado estadual Junior Mochi (PMDB), que jamais seria encontrado se fosse pesquisado pelo nome como é conhecido no Estado. Na busca, o presidente deve ser procurado como Oswaldo Junior Mochi, exigindo assim, uma pesquisa na internet para conseguir chegar até a página de gastos do parlamentar.

 

Na página de gastos, a dificuldade é entender o que foi feito pelo deputado. Ao abrir a página, o leitor se depara com dados que apresentam gastos realizados pelo político, sem detalhamento, pois em alguns casos, os gastos se referem a lei, como é o caso de Mochi, que aparece com um gasto 'pago' no valor de 20.042,35, que consta apenas como objeto número 310.

Assim como a página da transparência de Mochi, a página do petista Amarildo Cruz aparece com dados semelhantes, dificultando o entendimento da população. Amarildo aparece com um gasto pago no dia 21 de janeiro de 2015, no valor de R$ 6.771,39 referente ao objeto número 116.

Com Pedro Kemp (PT) a situação é a mesma. O parlamentar aparece com um gasto no valor de R$ 20.042,35 no dia 19 de janeiro de 2015, referente ao objeto 47.

Outro ponto que chama atenção é que os dados apresentados na página de cada parlamentar estão fora de ordem, misturando gastos feitos em 2013, 2014 e 2015.

A falta de detalhamento e linguagem simples, em um portal direcionado para a população, faz com que as pessoas desistam de acompanhar os trabalhos realizados pelos parlamentares na Casa, já que exige tempo e 'insistência' daqueles que desejam ter acesso a um serviço realizado com dinheiro público.  

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