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NOTA PREMIADA
Política

Presidente da Comissão de Ética defende Rocha e reprova atitude do MPE

10 dezembro 2015 - 11h30Por Mariana Anunciação e Dany Nascimento

O novo presidente da Comissão de Ética, Alex do PT, criticou nesta manhã (10) o vazamento de informações que resultou na divulgação sobre o relatório da operação Coffee Break e diz que não irá julgar o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador João Rocha (PSDB), que também foi citado.

Além de vereadores e empresários, o relatório da operação apontou 22 pessoas como indiciadas, entre eles, o ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PTB) e o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). Tal informação foi divulgada, no início da manhã, pela TV Morena, que teve exclusividade no acesso ao processo.

Alex defendeu o vereador João Rocha. “Não vejo problema o nome dele ter sido citado, porque está em fase de investigação e o certo é esperar a decisão final da Justiça. Colegas não podem ser condenados porque tem direito a ampla defesa”, justificou.

O parlamentar também é contra esse tipo de privilégio à imprensa, já que a investigação corre sob segredo de justiça. Segundo ele, o Ministério Público Estadual cometeu uma irresponsabilidade ao liberar estas informações. “Acho complicado a TV Morena ter acesso a esse documento antes de todos. Essas informações vazadas tiram a credibilidade da investigação”, destacou.

Alex também foi questionado sobre sua relação com o prefeito Alcides Bernal (PP), porque todos sabem que ele era contra a cassação de Bernal e, agora, que é presidente da Comissão de Ética, é de conhecimento público que seu envolvimento com o atual prefeito já não é o mesmo, paira um clima tenso no ar.

“Sempre questionei a cassação e não concordei porque não via motivos para isso e continuo acreditando nisso. Mas quanto à conduta e situação dos colegas eu não posso opinar. Não sou policial, sou vereador, prefiro não opinar. Quem tem que decidir isso é a justiça. Sobre a Comissão de Ética, vamos agir sempre dentro da legalidade, respeitando o direito de defesa em sem pré-julgamentos”, concluiu.

* Matéria alterada às 16h12 para correção de informações