O presidente Jair Bolsonaro demitiu o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, nesta segunda-feira (28). O anúncio oficial deve ser feito ainda no dia de hoje.
A demissão vem em exato momento onde a estatal reajustou, de maneira intensa, os preços dos combustíveis. O mais recente, em 11 de março, quando a gasolina comum subiu cerca de 18% e o óleo diesel, aproximadamente 24%.
Segundo a CNN Brasil, desde o aumento mais recente, o presidente da República passou a fazer duras críticas à empresa. O governo sofreu pressões de caminhoneiros, que chegaram a ameaçar greve, por conta da alta vertiginosa.
Mudanças
Ainda segundo o site, Bolsonaro prometeu não intervir na estatal, mas é a segunda vez que troca o comando da empresa brasileira. Em fevereiro do ano passado, ele dispensou Roberto Castello Branco, também em um momento em que o preço dos combustíveis inflamava movimentos dos caminhoneiros e prejudicava a popularidade do governo junto aos consumidores.
A Petrobras disse que não comentará o assunto, pois não tem informações sobre o tema.
Novo chefe
O indicado para assumir o cargo é o economista Adriano Pires, segundo a CNN Brasil. A saída de Luna, no entanto, só ocorre oficialmente, na assembleia de acionistas, marcada para 13 de abril.
Pires, segue a emissora, é formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado na mesma instituição na área de Tecnologia em Petróleo e Gás. Fez doutorado em Economis Industrial na Université Paris 13.
O economista já foi superintendente geral e assessor de diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), professor na UFRJ e é fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), em que atua desde 2000 como diretor.