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Política

Prevenção e combate à leishmaniose é tema de reunião pública amanhã na Capital

Mato Grosso do Sul registrou 16 casos de leishmaniose visceral até agora

17 setembro 2019 - 12h31Por Câmara Municipal

No dia 18 de setembro, a partir das 8h, no plenarinho da Câmara Municipal de Campo Grande, acontece reunião pública com o tema ‘Prevenção e Combate a Leishmaniose - Avanços e Perspectivas’. O evento, promovido pelo mandato do vereador Eduardo Romero (Rede) é aberto ao público e não necessita de inscrição prévia para participar.

Para a reunião pública do próximo dia 18 foram convidados entidades ligados ao bem-estar animal e órgãos municipais ligados diretamente à saúde animal, especialmente dos domésticos como a Sesau, CCZ, Conselho Municipal do Bem-Estar Animal (Combea), Comissão de Defesa Animal da OAB-MS, ministério Público Estadual.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, Mato Grosso do Sul registrou até agora 16 casos de leishmaniose visceral e Campo Grande teve 8 casos confirmados deste total, ou seja, teve 50% dos registros. Eduardo Romero destaca que quando se fala nesta doença o cão é apontado como vilão e por falta de informação as pessoas já pensam no sacrifício animal. ‘A melhor política é a prevenção. É acabar com o mosquito transmissor com limpeza dos espaço que eles procriam, é ter olhos voltados com políticas públicas para a população canina de rua, é ter programa de castração eficiente para controle de natalidade, boa vontade política e comportamento adequado da população’, frisa.

Em agosto de 2014 o parlamentar fez a audiência pública ‘Prevenção e Combate a Leishmaniose’, onde foram demonstrados alguns dados sobre casos da doença em Campo Grande, bem como a necessidade de ampliação do serviço de castração, aumento da fiscalização de locais de proliferação do mosquito transmissor, a proposta de criação de uma Comissão Permanente de Bem-Estar Animal na Câmara e discutir o tratamento alternativo da leishmaniose, entre outros encaminhamentos.

Como desdobramentos positivos da audiência pública foram tomadas algumas medidas como, por exemplo, a instituição da Comissão Permanente de Bem-Estar Animal na Câmara. Além disso, está em vigor a lei municipal que modificou o Código Sanitário do Município de Campo Grande, no que diz respeito aos procedimentos no diagnóstico de cães com leishmaniose e que os proprietários desejam tratar o animal e não encaminhar para eutanásia. A proposta foi dos vereadores Eduardo Romero e Veterinário Francisco.

Anteriormente, o Art 76 do Código, dispunha apenas que cabe aos proprietários de animais, providenciarem o exame laboratorial nos cães suspeitos de leishmaniose sob sua responsabilidade. Agora foram acrescidos dois novos parágrafos que incorporam regras sobre tratamento.

O primeiro parágrafo incorporado diz que os proprietários de animais acometidos pela leishmaniose visceral canina, que optarem pelo tratamento clínico de seus cães, deverá comprová-lo mediante remessa de competente protocolo à Coordenadoria de Controle de Zoonoses.

A segunda mudança aprovada pelos vereadores é que o tratamento de animais portadores da doença somente poderá ser aceito pelo órgão sanitário responsável se realizado sob supervisão de médico veterinário, sendo vedada a utilização de medicamentos específicos para a doença autorizados pelo Ministério da Saúde para uso exclusivo em seres humanos.