O deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) retirou, nesta quarta-feira (26), a questão de ordem que previa a liberação dos parlamentares das sessões ordinárias na semana que antecede às eleições, que ocorre no domingo, 7 de outubro.
No momento em que retirou a questão, o parlamentar rebateu as críticas dizendo que a proposta não previa 'tirar férias'. Após o anúncio, ainda no plenário, Corrêa chegou discutir com outro parlamentar na sessão.
"Vou retirar da pauta. Quero que esse deputado venha aqui conferir o meu ponto. Não aceito e não to pedindo férias", disse ao usar a palavra.
Prontamente, o presidente da Casa de Leis, Junior Mochi (MDB) acatou o pedido encerrando de vez a possibilidade dos parlamentares 'enforcarem' a última semana que antecede às eleições.
Discussão
No plenário, um ligeiro desentendimento envolvendo Paulo Corrêa e Felipe Orro (PSDB) chamou a atenção. O motivo seria justamente por conta do possível 'pedido de férias'. A reportagem presenciou a confusão.
Paulo Corrêa não quis falar com a imprensa sobre o assunto. Felipe Orro, ao ser questionado, disse apenas que 'não prestou atenção' no que o colega falou. "Mas ontem, ele não veio", alfinetou Orro.
Mudança de opinião
Alguns parlamentares favoráveis a questão mudaram de opinião nesta quarta-feira (26) após a má repercussão.
Um dos poucos contrários desde o início, Cabo Almi (PT) disse que a medida era desnecessária. "O eleitor está criterioso. Deputado tem que cumprir suas obrigações regimentais. Seria um desgaste desnecessário feito pela mídia. Vamos apanhar de graça e isto não compensa".
Mara Caseiro (PSDB), favorável à questão, disse que a decisão seria mais prudente. "A última semana complica conciliar. São muitos municípios para visitar. Seria baseado na legislação, considerando que o Senado tem prerrogativa. Isto seria mais prudente".
Rinaldo Modesto (PSDB) se mostrou contrário ao pedido. "Nunca fizemos isso. Tem o final de semana para visitarmos as bases e toca-se normal a campanha e os trabalhos", finalizou.