Pesquisa realizada pelo Datafolha mostra que o Partido dos Trabalhadores - PT possui 28% de preferência, alcançando o melhor resultado desde 2013.

De acordo o jornal Folha de São Paulo, a segunda colocação é composta pelos partidos PSDB e MDB, ambos com apenas 2%, seguidos do PDT e PSOL, cada um com 1%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 16 de dezembro, com 3.666 pessoas, em 191 cidades brasileiras.

O resultado é bem próximo do melhor desempenho já registrado, que alcançou a marca de 31% em 2012, durante o mandato de Dilma Rousseff.

À época, ainda vivia-se o rescaldo do crescimento econômico causado pelo governo Lula, entre 2002 e 2010.

Porém, em junho de 2013, milhares de brasileiros foram às ruas do país em protesto contra a má qualidade dos serviços públicos e os políticos em geral.

Após os atos, o PT foi partido que levou o maior baque nas pesquisas, alcançando, naquele mês, a marca de 19%. Três meses antes havia marcado 29%.

Nas pesquisas seguintes a queda do partido prosseguiu. Em março de 2015, mês que os protestos contra o governo Dilma reuniu mais de 1 milhão de pessoas nas ruas pelo país, o partido alcançou o pior resultado, amargando 9%. Menos que isso, o PT só registrou em agosto de 1989, com 6%.

Em abril de 2017, talvez em razão da também alta rejeição do governo de Michel Temer, o partido saltou para 15%. De forma geral, passou para a faixa dos 20% nas pesquisas seguintes, guinada que não foi freada nem pela prisão de Lula, em abril de 2018. Quatro meses depois, o PT registrava 24%.

De acordo com o Datafolha, Lula tem 48% das intenções de voto nas eleições presidenciais do ano que vem, o que já lhe garantiria a vitória no primeiro turno. Lula também é considerado o melhor presidente do país para 51% dos brasileiros.

PSL

Com o partido que era pequeno até junho de 2018, nas pesquisas nunca havia pontuado, frente aos grandes partidos nacionais. Entretanto, com a filiação de Jair Bolsonaro naquele ano, o PSL passou de 1% no final de agosto para 3% em setembro e 7% em outubro.

Porém, em 2019, com a desavença de Bolsonaro com a sigla, o partido marcou 2%. Em julho desse ano, tinha 1%. Nas duas últimas pesquisas nem pontuou.

PL

No final de novembro, Bolsonaro se filiou ao PL. Depois de mais de uma década sem pontuar, o partido registrou 1% na última pesquisa.