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Política

24/10/2018 07:00

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Puccinelli repete estratégia que usou com Olarte na candidatura de Odilon

Operando por trás do holofote, e agora das grades, ex-governador tenta ainda ditar os rumos políticos de MS

Aponte o dedo quem discorda disso: o ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli (MDB), preso desde julho deste ano, por corrupção, é o epicentro da política sul-mato-grossense desde a década de 1990. E por onde ele passou deixou um rastro ora calamitoso ora venturoso.

Primeiro falando do aventurado: conquistou o que quis na esfera política: secretário estadual, deputado estadual, deputado federal, prefeito duas vezes e governador por dois mandatos.

Agora, o que aconteceu em suas pegadas desastradas: desmanchou as façanhas políticas, já perto dos 70 anos de idade ao ser impedido de candidatar-se ao governo por razão reprovável. Ele foi preso com o filho, segundo a Polícia Federal, por desviar dinheiro para o bolso enquanto governador.

Fora do poder também teria provocado estragos. Ainda assim, atrai devotos até na cadeia. Por seu cárcere passou senadora, senador, presidente de assembleia, deputados federais, estaduais e até ministro de Estado.

O último a visitá-lo foi o vereador Odilon de Oliveira Júnior, filho do juiz federal aposentado, Odilon de Oliveira, candidato ao governo de MS pelo PDT. Pelos comentários de políticos ao pedetista garantem o motivo do encontro: acordo político, no caso, apoio do MDB ao PDT no segundo turno pela disputa do governo.

Luiz Pedro Guimarães, um pecuarista metido na política e em confusões que resultaram em processos judiciais. Foi Guimarães o autor do pedido de cassação do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, do PP.

Pelo gesto, Guimarães foi denunciado por articular a atitude, que gerou a Cofee Break, operação policial que apontou a existência de golpe para tirar o mandato de Bernal.

MAS ANTES

Puccinelli foi denunciado pelo MPE (Ministério Público Estadual) por participar da trama. Depois disso, assumiu a prefeitura Gilmar Olarte, então vice de Bernal. O fim político de Olarte foi trágico. Ele foi preso, condenado e anda pelas ruas da cidade com tornozeleira numa das pernas.

O ex-governador já havia atuado na eleição de outro prefeito, o Nelsinho Trad, que administrou 
Campo Grande por duas vezes. Contudo, ao deixar o mandato, em 2012, Nelsinho buscou outro rumo, ingressou no PTB e agora elegeu-se Senador.

Emedebista tinha também palpitado na carreira política de outro companheiro que se deu mal, Edson Giroto. Eleito deputado federal, Giroto, por orientação de Puccinelli, largou o mandato e veio chefiar a Secretaria Estadual de Obras. A gestão de Giroto causou-lhe transtornos de difícil conserto.

Também na cadeia, o ex-secretário está detido desde maio passado. Motivo: desvio de recursos.

Mesmo com este histórico desabonador, o filho de Odilon, às escondidas, foi ao cárcere e conseguiu apoio do MDB para o pai que disputa o segundo turno com Reinaldo Azambuja, candidato à reeleição pelo PSDB.

(matéria atualizada às 8h21 para correção de informação)

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