O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) admitiu hoje (16) a possibilidade de retomar a construção do Hospital Regional de Dourados, mas destacou que vai realizar uma consulta popular primeiro e acusou seu antecessor, André Puccinelli (PMDB), de cancelar empenhos e desistir de recursos.
“Nós vamos conversar com a comunidade, com as lideranças e com a população da importância do Hospital Regional. O Governo não descarta a construção do Hospital Regional Dourados, mas momentaneamente é muito mais importante equipar um existente, abrir 70 novos leitos imediatamente do que aguardar três anos por obra que não tem recurso disponível”, declarou.
O assunto foi retomado após discurso do deputado estadual Barbosinha (PSB) no plenário da Assembleia Legislativa ontem (15), em que o parlamentar cobrou da administração tucana a retomada da obra que atenderia até 32 municípios que ficam na região. No entanto, Reinaldo alega que a locação de um hospital particular, em parceria com a prefeitura de Dourados, já está em andamento para suprir a demanda de cirurgias eletivas.
“Nós arrendamos um hospital junto com o prefeito Murilo (Zauith, do PSB). Governo do Estado vai investir R$ 1,2 milhão na compra dos equipamentos, vamos colocar dinheiro para contratar profissionais para fazer um hospital para atender a região da Grande Dourados em cirurgia e outros investimentos”, garantiu.
Reinaldo argumenta que o empreendimento só foi cancelado, pois o ex-governador André Puccinelli, diferente do que anunciou no final do mandato, teria cancelado, no dia 31 de dezembro, um empenho no valor de R$ 19,3 milhões. A prova do cancelamento estaria nas mãos do deputado Zé Teixeira (DEM).
Após participar do lançamento do Programa Agrinho 2015, o tucano ainda reafirmou que a gestão peemedebista deixou uma dívida de R$ 192 milhões em obras inacabadas, entre estradas, pontes e construções, que devem ser usados recursos da fonte 100 para serem retomados, além de abandonar recursos que viriam para Mato Grosso do Sul.
“Tem um convênio que o governo anterior mandou uma carta para o Ministério desistindo dos recursos. Nós estamos tentando recuperar esse recurso para jogar no Hospital Regional e aí, se for uma necessidade da região, aí sim construir esse hospital, mas primeiro discutir a viabilidade”, completou.