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Política

26/02/2014 18:00

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Se André Puccinelli não sair candidato, PMDB vai definhar

Início do fim

  • Sem André Puccinelli para o Senado, Nelsinho não tem chances. Foto:  Deurico Ramos / Capital News.
  • Sem André Puccinelli para o Senado, Nelsinho não tem chances. Foto:  Deurico Ramos / Capital News.

Com seus líderes envelhecidos e os potenciais candidatos fracos porque optaram em seguir mais que a orientação, mas obedecer cegamente ao comando do líder, ficando, portanto, nas sombras ou perdendo a credibilidade junto ao eleitorado, o PMDB corre o risco de assumir a condição de partido  de sustentação, ou de oposição relativa a partir das eleições de outubro.

Ainda que se encaminhe para deixar o foco das holofotes e assumir o mais confortável papel de Conselheiro, Puccinelli terá que repensar sua rejeição em concorrer ao Senado nas eleições deste ano. O secretário de governo e ex-prefeito da Capital, Nelsinho Trad, sozinho não tem a força necessária para galgar o posto de governador e pode por a perder o sonhado aumento da bancada que o partido pretende e precisa.

Rejeitado pelo PT que não pretende ter seu maior "inimigo político regional" presente em seu palanque, pois pretende levar a bandeira e discurso do "novo jeito de governar", de forma mais transparente e com ações sociais efetivas, corre para os lados do PSDB, companheiro de tantos governos, mas que se sentiu menosprezado e resolveu alçar vôo solo desde as últimas eleições municipais na capital.

O PSDB namora o PT num possível casamento que teria uma dobradinha forte, com o senador Delcídio do Amaral (PT) candidato ao governo do Estado e o deputado federal Reinaldo Azambuja, ao senado.

E o que pretende apresentar o PMDB, ou parte dele, porque não há unanimidade nem tampouco maioria, muito ao contrário? Candidato ao governo, Nelsinho Trad, que tem diversos flancos fragilizados -- em função de erros administrativos e outras suspeitas que vieram à tona após a eleição de Alcides Bernal (PP) -- e que serão explorados pelos opositores; e ao Senado a vice-governadora Simone Tebet, herdeira do nome mas não da capacidade política do pai, ex-senador Ramez Tebet? Muito pouco, quase nada.

Sacrifício

André Puccinelli, durante essa sua trajetória manteve um grupo de governo forte, mas suficientemente longe dos holofotes para que sombras não lhe encobrissem. A todos os outros que foi permitido cargos dependentes de votos, auxiliou e elegeu, mas de uma forma ou outra, impediu que caminhassem com suas próprias pernas. Criou um contingente de fiéis escudeiros sem condições de traçar estratégias, mas valentes no combate.

O nome

Ainda que não seja um grande sacrifício para o médico que tomou o gosto pela política e construiu uma trajetória crescente, Puccinelli terá que ir para o embate para não ver a ruína de seu partido. Apenas seu nome tem força suficiente para manter acesa a chama que brilha no símbolo do partido.

Horizonte

A ordem no PMDB é aguardar e articular para que ele aceite esse encargo. Terão que aguardar o retorno da viagem que o governador fará em março, para Nova Iorque (EUA), onde participará da abertura da Exposição "Mato Grosso do Sul Visto pelo Mundo". Até lá, apreensão, dúvidas e desânimo.

Nelsinho sabe que sua única chance será poder contar com o governador ao seu lado no palanque, como candidato ao Senado, porque apoio direto André parece não estar disposto a dar. Simone entende que suas chances são mínimas e desistiria de sua indicação para não passar a fazer parte de um partido esfacelado.

Mas o horizonte apresenta um PT forte para a campanha ao governo, mas com poucas alternativas de vitória para o Senado, porque não tem nomes fortes para a campanha. Os partidos que negociam coligação, também não tem nomes, exceto o PSDB.

Reinaldo Azambuja, por sua vontade, não pretende correr o risco de disputar a governadoria com Delcídio, prefere e pretende disputar uma cadeira no Senado, mas para isso terá que vencer a determinação da direção nacional em não aceitar acordos com os partidos opositores a nível nacional. Em último caso, lançar mão de um outro  nome para governo, sacrificando quatro anos do deputado estadual Márcio Monteiro, lançando seu nome ao governo. O que está em jogo é um palanque que mantenha no Estado a hegemonia das campanhas à presidência, onde os tucanos sempre venceram.

Mas, eles que se entendam porque o eleitor tem apenas uma pretensão: um governo que melhore suas condições de vida. Para isso está atento ao passado, aos discursos fundamentados e aos que estejam em seu palanque. Mudou na Capital, ainda que tenha uma administração fraca e acuada pelos ataques, até nos moldes terroristas,  dos opositores da Câmara Municipal de Campo Grande, pode mudar os rumos do Estado.

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