De um lado o deputado coronel David diz que o PSL-MS pediu a sua expulsão por ser “bolsonarista” e seguir o presidente Jair Bolsonaro. De outro a diretoria do partido afirma que a notificação foi realizada justamente pelo fato do parlamentar “não ser bolsonarista” e não acompanhar votos do colega deputado Renan Contar na Assembleia.
No meio de tudo isso um nome: Jair Bolsonaro. Todos os citados foram eleitos na 'aba' do presidente,e a guerra é para saber quem fica com os espólios políticos bolsonaristas em Mato Grosso do Sul, o PSL ou a Aliança pelo Brasil.
Não é difícil entender a briga, já que acusações mútuas entre grupos rivais do próprio PSL são realizadas antes mesmos dos resultados das eleições 2018.
Nesta semana, o deputado David emitiu nota onde afirmou que ingressou com pedido de desfiliação por justa causa. Ele alega perseguição e isolamento partidário por parte da senadora Soraya Thronicke e deputados Loester Trutis e capitão Contar.
“A todo custo tentam impedir a ação parlamentar livre, com acusações de que não segue as orientações partidárias e que segue o presidente Jair Bolsonaro, ao invés do partido”, comunica a nota de David.
O documento de expulsão que acarreta até em perda de mandato foi encaminhado a Comissão de Ética do partido e ao presidente nacional Luciano Bivar.
Ainda ontem o partido também se posicionou em nota oficial e disse que o parlamentar foi notificado por infidelidade, por quebra de ética e de disciplina estatutária.
“As atitudes de David que estão sendo opostas as bandeiras de Bolsonaro. O parlamentar se diz "bolsonarista", porém, é apenas de foto”, diz parte da nota.
Agora cabe as partes envolvidas provarem na justiça, quem é bolsonarista ou não.