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Política

21/12/2016 08:16

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Site colhe assinaturas e tenta impedir reajuste no salário dos vereadores

Os parlamentares podem ter um reajuste de quase R$ 4 mil a partir de janeiro

Uma mobilização on-line está movimentando as redes sociais dos campo-grandenses, que disparam criticas diante da possibilidade do aumento de salário dos vereadores de Campo Grande, que pode ser reajustado em até quase R$ 4 mil, a partir de janeiro de 2017.

Um site foi criado para colher assinaturas, na tentativa de impedir o reajuste, e a meta é atingir 7.500 nomes. Ao abrir a página, o internauta encontra em destaque "Abaixo-assinado contra o aumento de salários dos vereadores de Campo Grande- MS - Dez/2016", com o símbolo de Campo Grande no centro da página. Abaixo, fica em destaque a seguinte frase: "Somos contra o aumento de salários dos  vereadores!", como questionamento "Em um ano em que ninguém teve aumento, todo mundo alega crise, como nossos nobres vereadores votarão seu próprio aumento?"

Os internautas estão fazendo diversos comentários na página e destacam que vários reajustes foram barrados por conta da crise financeira e os parlamentares deveriam seguir o mesmo caminho.

"Sou contra o aumento de salário dos vereadores, por vários motivos, por não aprovarem o reajuste de nós servidores municipais alegando a crise financeira, estamos à três anos sem reajuste, falam que não tem dinheiro, a cidade perdeu muito dinheiro para corrupção, para coffee break, recentemente à menos de dois anos eles aumentaram os próprios salários à 65% de aumento, um absurdo, É um tapa na cara do contribuinte, todos brasileiros estão indignados, temos que dar um basta nessa pouca vergonha de política suja e corrupta..basta [sic]", disse o apoiador José Alexandre Faria Ribeiro.

Josianny Santana destaca o valor do salário mínimo no país, enquanto vereadores recebem valores exorbitantes comparados ao trabalhador. "Estou assinando porque o país está em crise. Milhares de pessoas estão sem salários e sem direitos trabalhistas. O salário mínimo é uma vergonha. Querem economizar na aposentadoria do pobre. Economizem cortando os salários e as vantagens dos políticos".

Assim como Josianny, Alex Romeiro de Queiroz ressalta o pequeno valor do salário mínimo, que sofre descontos antes de chegar nas mãos do trabalhador brasileiro. "Não é justo o governo fala da reforma previdenciária que tem que fazer por causa do dinheiro que esta sendo gasto 'atoa' um pai de família recebe um salário mínimo de 880 bruto fora os descontos que passa a ser uns 790 até menos as vezes e um vereador quase 15mil e agora pode chegar a 19mil é um absurdo. Indignação total [sic]".

Uma reunião foi realizada na tarde de ontem (21) na Câmara Municipal, para discutir a possibilidade de recusar o reajuste salarial e a proposta ainda é estudada pela Mesa Diretora, que deve apresentar uma decisão em sessão extraordinária nesta quinta-feira (21), um dia antes da data limite para estabelecer decisão.

Além do pagamento mensal ao legislativo, será apresentada proposta relacionada ao valor dos salários de prefeito e dos secretários da Capital. Todos estes tiveram reajuste aprovado em 2014, mas retornaram com a pauta após pedido do prefeito eleito, Marquinhos Trad (PSD), de diminuir o próprio salário.

Conforme o presidente da Casa de Leis, João Rocha (PSDB), os projetos do executivo e legislativo serão revistos da mesma maneira, onde se evita utilizar o termo ‘congelamento’. “São os vereadores que atuam que decidem, não os que entram agora, e eles estão dispostos a rever, queria usar esse termo, aliás, essa situação que já está posta. Não é congelamento, é diminuição de salário, pode ser R$ 16, 17 e até mesmo 15 mil”, declarou.

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