Conhecido pelos discursos anticorrupção e pela moralidade, o vereador de Cassilândia Peter Saimon Alves Borges (PDT) encontrou alguns problemas com a Justiça estadual. Problemas com álcool e direção e acusação de fraude em venda de veículo ameaçam manchar a reputação do ex-candidato a Miss MS.
Parte da complicação começou no interior paulista, na saída de um casamento em Santa Fé do Sul, em 24 de outubro de 2018. De acordo com os autos da Justiça do Estado de São Paulo, Peter Saimon foi flagrado dirigindo bêbado e na contramão das ruas de Santa Fé pela Guarda Municipal.
Ele conduzia um Fiat Uno com seis passageiros, um no porta-malas. Saimon recusou o bafômetro, mas apresentava 'notórios sinais de embriaguez': olhos avermelhados, odor etílico e fala pastosa. No fim, confessou que havia bebido e fez um exame de sangue, segundo os autos, que comprovou a embriaguez.
Dois anos depois, o atual vereador acabou condenado a seis meses de detenção, multa e a proibição de dirigir por 2 meses. Ele pagou a pena em liberdade, já que era réu primário e a pena inferior a quatro anos de prisão.
Confira a sentença do caso:
A TODA VELOCIDADE
Gerente Administrativo Financeiro em uma loja de venda de veículos, de propriedade do pai, Peter Saimon Borges ainda respondeu por estelionato. Conforme a denúncia feita no processo judicial, ele teria recebido dinheiro em transação envolvendo uma S10 e não entregou a caminhonete.
A juíza Flávia Simone Cavalcante chegou a determinar, em decisão interlocutória, a entrega imediata do veículo sob pena diária de R$ 500. O caso, porém, foi retirado pelo denunciante alguns dias após a decisão ser divulgada. Observe como foi o caso:
A compra e venda de veículos, inclusive, é alvo de outro processo, desta vez de Peter Saimon contra Márcio Estevo, que foi vereador na cidade. Após discussão envolvendo o transporte escolar em Cassilândia, Marcio teria acusado Peter Saimon de ‘financiar carro em nome de defunto’.
“Marcio se exaltou e disse: ‘eu tenho prova que você pegou três diárias e voltou mais cedo’. O ex-vereador repetiu várias vezes a Peter, em tom exaltado: ‘eu tenho prova’, dizendo ainda ‘sou cheio de defeitos, mas nunca financiei carro em nome de defunto, nunca’”.
Saimon entrou na Justiça contra Marcio alegando calúnia contra funcionário público no exercício das funções. Marcio inicialmente teria que pagar três salários de multa, mas alegou não ter dinheiro e o processo ainda corre na Justiça estadual.
Veja a briga entre eles:
NAS REDES
Peter Saimon foi o 9º mais votado e eleito vereador de Cassilândia em 2020 com 294 votos. O atual vereador tem como base o que chama de LIMPE: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Contudo, não há nada sobre os processos que respondeu e responde em suas redes sociais.
A reportagem entrou em contato pelo WhatsApp do vereador, que não respondeu os questionamentos.