O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) atrasou o prazo previsto para oficializar os três suplentes que devem substituir Thaís Helena (PT), Marcos Alex (PT) e Luiza Ribeiro (PPS) durante a votação pela abertura de uma comissão processante, que pode cassar o mandato do prefeito Gilmar Olarte (PP), obrigando a oposição a rever suas estratégias.
“Toda a situação de atraso da votação está relacionada com isso aí. Com essa situação de ausência de uma informação oficial por parte do TRE sobre a lista dos suplentes. Por causa disso, também vamos fazer uma avaliação sobre o uso dos suplentes para não ficarmos presos a essa situação que nos impede de acelerar o processo. Precisamos chegar a um termo, passaremos obrigatoriamente por uma redefinição”, explica Alex.
De acordo com o vereador, o atraso para a votação, que deveria acontecer hoje (2), já que a próxima sessão será comunitária e na quinta-feira (4) é feriado nacional, atrapalha a articulação e a oposição até cogita retirar uma ou duas assinaturas do pedido de abertura da comissão para facilitar a convocação dos suplentes. Alex não admite, mas existe ainda a possibilidade do prefeito Gilmar Olarte abafar os escândalos e persuadir os vereadores mais ‘rebeldes’ a votarem contra a investigação.
“Acho que perdemos um momento importante na luta, perdemos o ‘time’ (hora). O tempo é importante. A forma como as coisas são colocadas, tudo isso favorece ou prejudica a nossa luta. Independente disso, nós estamos pensando em Campo Grande, pois não se tampa o sol com a peneira, não se esconde o caos que o município está vivendo, não se esconde a mentira”, aponta.
Conforme Alex, pesquisas extraoficiais apontam que apenas 5% dos campo-grandenses desejam que Gilmar Olarte permaneça na prefeitura. Segundo ele, mais informações sobre a pesquisa não podem ser fornecidas, pois não foi encomendada pelo partido, mas os resultados devem influenciar a decisão dos vereadores. “Vamos sentar hoje e discutir a melhor forma de solucionar esse impasse”.
Os novos suplentes que devem assumir especificamente os trabalhos dos vereadores titulares são: Roberto Durães (PT), Aldo Donizete (PPS) Lúcio Maciel (PT), porém, este último parlamentar está impedido de assumir o posto por não prestar contas ao Tribunal Regional Eleitoral e quem pode ficar a vaga é Élbio Santos (PT). Além deste impasse, a dificuldade em localizar um dos candidatos atrasou o processo, sendo que a votação deve ser oficializada apenas na próxima terça-feira (9).
Segundo o regimento interno da Câmara Municipal, a oposição precisará conquistar 20 votos favoráveis dos 29 vereadores para abrir a comissão processante. (Veja aqui o placar parcial). Depois de oficializada a investigação, serão escolhidos cinco membros que devem analisar as denúncias durante 90 dias e produzir um relatório sugerindo a cassação ou a inocência do prefeito.