A parceria entre os governos federal, estadual e municipais, viabilizou 7.197 moradias, entre casas e apartamentos em Campo Grande, e tem projeto de mais 5.641 habitações para todos os municípios do Estado. Neste projeto especificamente, foram investidos R$ 317 milhões, com recursos dos Programas de Aceleração do Crescimento (PACs I e II).
Segundo o Secretário de Habitação e das Cidades (Sehac), Carlos Marun, alguns dos imóveis fazem parte da primeira etapa do Projeto "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal, ainda não previstos teto solar e adaptação para deficiente físico. Para o futuro, os projetos devem priorizar o espaço físico destinado à construção de moradias populares. “No momento, a tendência é a moradia vertical, os apartamentos. Por causa da economia de espaço”, disse Marun.
A área construída dos imóveis foi ampliada de dos 28 m² anteriores para os 38 a 40 m² atuais e ganhou em qualidade além de atender melhor sua função social. O secretário lembrou que os projetos de construção habitacional extrapolam a função social da moradia quando geram emprego e renda e mantém aquecida a economia das cidades e do próprio Estado.
Letargia de Bernal
Marun lembrou que Campo Grande corre o risco de não realizar uma construção sequer a partir de 2015, quando estarão concluídos os projetos em andamento, pois novos projetos não foram apresentados pela atual administração da Capital. Segundo o secretário, os projetos não são aprovados de imediato e dependem de liberação de verbas que entram no orçamento da União em datas específicas e, se perdido este prazo cria-se uma janela que não há como ser preenchida.
O ex-prefeito de Campo Grande e secretário estadual de Articulação com os Municípios, Nelson Trad Filho (PMDB), enfatizou o fato de faltar planejamento na administração de Alcides Bernal, e lembrou que durante sua gestão, viabilizou 5,6 mil casas em parceria com o governo do Estado. O governador André Puccinelli declarou que está à disposição de todas as prefeituras para firmar parceria na habitação, mas até o momento Campo Grande não se manifestou.
Desgoverno e abandono
"Hoje com o Bernal, na cidade só existe mato e sujeira. Está uma quiçaça (erva daninha, mato, descuido)", assim André Puccinelli retratou Campo Grande neste primeiro ano de administração pepista. Garantindo ser favorável à mudança de rumos, lamentou a escolha da população que trocou os 16 anos de administração peemedebista por uma aposta em cima de promessas de campanha, que não foram cumpridas e aconselhou aos eleitores mudarem com inteligência e nunca para pior.