O ex-secretário de saúde de Gilmar Olarte (PP) e atual vereador, Jamal Salem, confirmou a existência de um grupo no aplicativo Whatsapp em que participavam vereadores, o prefeito afastado e a ex-primeira dama Andreia Olarte.

“Lembro do grupo, mas não participei. Não gosto de grupos e não gosto do whatsapp”, garantiu Jamal.

A existência do grupo foi indicada pelo coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o promotor Marcos Alex Vera. Ainda assim, os vereadores negam participação em grupo, cujo teor é suspeito de discutir a cassação do atual prefeito Alcides Bernal (PP) em 2014.

“Não tenho nada a comprometer. A cassação foi feita legalmente e não participei desse grupo. O grupo que participei era de todos os vereadores, criado pela Casa”, afirmou Edson Shimabukuro (PTB).

Eduardo Romero (PTdoB) nega participação, mas defende que os grupos "são ferramentas usuais de comunicação". “Não participei de nenhum grupo em que estavam Olarte e Andreia. O fato de existir grupo é natural, já que é uma ferramenta de comunicação. O mais importante não é um grupo, é analisar o teor das conversas. Existem grupos entre os vereadores, da base, de oposição, assim como tem grupo de família e amigos”.

O vereador Chocolate (PP) fugiu da questão afirmando “falta de memória”. “Tem vários grupos de whatsapp. Se neles tinha a presença de Olarte e Andreia, não me lembro. Se o promotor falou que vai analisar a conversa, da minha parte não vai encontrar nada”, declarou, contradizendo-se.

Outros vereadores, como João Rocha (PSDB), duvidam até da existência do grupo, afirmado desconhecerem a questão. “Não tenho conhecimento da existência do grupo. Não participo desses grupos, se é que existia. Só participo dos grupos da Casa. Estou tranquilo, da minha parte não tem participação”.

“A análise do teor das conversas, ainda assim, pode prolongar o trabalho da Comissão de Ética da Câmara, que tem atuação paralela”, complementou o tucano.