Os pais e alunos das escolas municipais de Campo Grande poderão escolher o material escolar para seus filhos, através do cartão material escolar. Isso, se o projeto de lei do vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) passar pela Câmara e for sancionado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD). A CDL (Câmara de Dirigentes Logistas) aprova a ideia, assim como pais de alunos.
A ideia de Ronilço é que a prefeitura deixe de fazer o processo de licitação para a compra de milhares de produtos para distribuição anual nas escolas e crie o cartão válido somente para compra de material escolar em comércios cadastrados na cidade.
Para o parlamentar, a proposta é inclusiva, gera benefícios como a manutenção dos impostos arrecadados no município, gera emprego nas livrarias e fortalece o comércio local. “Essa medida traz muito ganho para Campo Grande. Primeiro que mantemos aqui a arrecadação de impostos, pois normalmente as licitações são vencidas por empresas de fora. Segundo, incentivamos as empresas que estão aqui e fomentamos o comércio e o empreendedorismo”, comentou Guerreiro.
Pais aprovam
A diarista Marcia Rodrigues, de 34 anos, gostou da ideia e diz que seria uma boa opção aos alunos. “Achei interessante porque dá a oportunidade da criança escolher uma mochila bonita, de personagens que gosta. É diferente de usar as que a prefeitura distribui. Eles vão poder escolher os estojos, cadernos. A ideia é boa, até porque tem muita gente que recebe o material da prefeitura e nem usa.”
Ellen da Silva, 25 anos, tem um filho na educação infantil e também gostou. “Ah seria bem melhor, né? A gente poder escolher o material, principalmente no meu caso, que ele ainda estuda na escolinha e quer coisas coloridas como a mochilinha. Não estamos tendo aulas, mas quando voltar será bem interessante.”
CDL vai propor discussão
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Adelaido Villa, gostou da ideia e se prontificou a abrir a discussão com os lojistas. “Fiquei muito feliz com a proposta do vereador Guerreiro, pois dá ao estudante o direito de escolher seu material, garante mais recursos para o município e fomenta o setor das livrarias, papelarias. Vou convidá-los [lojistas] para uma reunião com o vereador e discutir o projeto em conjunto, para que todos sejam parte em toda a discussão”, complementou.
(Vereador Ronilço Guerreiro apresentou a proposta ao presidente da CDL, Adelaido Villa. Foto: Ascom Ronilço)
Projeto em estudo
Apesar da empolgação, o vereador pondera que ainda deve ser feito um estudo de valor médio sobre o valor do cartão e abrir um processo de cadastro das empresas que poderão recebê-lo. “Ainda precisa de um estudo que vai ser feito com os conselhos locais, com o CDL, Fecomércio e Associação Comercial. Temos essa iniciativa em outros estados e dá super certo, acredito que aqui também será muito bom”.