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Política

16/09/2014 14:00

Vereadores comentam candidatura Bernal, mas o silêncio seria melhor

Inexplicando

A sessão desta terça-feira (16) da Câmara Municipal de Campo Grande foi marcada por conversas e discussões sobre o deferimento da candidatura de Alcides Bernal (PP) ao Senado. Acusados de golpe e sob desconfiança da população, a partir do fato de que vários dos 23 vereadores, que desconsideraram o eleitor e votaram pela cassação do então prefeito, haverem sido contemplados com secretarias ou cargos, era claro o clima de insatisfação com a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O vereador Chiquinho Telles, um dos que mais expressava sua indignação, disse que acompanhou as notícias e ficou surpreso e assustado com o posicionamento do ministro, que concedeu a Bernal, um prefeito cassado, o direito de ser candidato. “Eu não entendo essa decisão, para ser Prefeito não pode, mas para Senador, pode?”, questionou o vereador.

A indignação era pelo fato de a Câmara ter desenvolvido todo um processo de cassação e, agora, este trabalho não ser respaldado pelo judiciário. E Chiquinho também questionou: “Qual o poder da Câmara? Ela não tem poder? Ela estava errada? Nós temos que tomar uma providência.”

O vereador definitivamente parece não compreender a independência entre os poderes e deveria, ainda, acompanhar o silêncio daqueles que foram tão enfáticos nas acusações e que agora, sob a desconfiança da população, não têm agido da mesma forma e com a mesma virulência em relação aos “equívocos” da atual administração, na qual estão representados.

Carlão (PSB), que chegou a cogitar se aliar a Bernal e, no último momento votou pela cassação dizendo-se traído pelos demais vereadores que não respeitaram um acordo que havia sido feito naquele mesmo dia (12/03), disse que Bernal foi cassado como prefeito e será derrotado como candidato ao Senado. “[Bernal] vai abandonar a política em Mato Grosso do Sul, porque decepcionou muitas pessoas e toda Campo Grande. Ele jogou no lixo a oportunidade que teve”, disse. Talvez não tenha percebido que o candidato aparece nas pesquisas ‘divulgadas’ com 28% de intenção de votos.

Aliados?

Ponderado ou irônico, o vereador Chocolate (PP), que também votou pela cassação e fez parte do grupo que buscou tomar a presidência do partido de Alcides Bernal, comentou que não pode ir contra a justiça. “Se a justiça deu esse direito a ele [Bernal], o que eu posso é desejar boa sorte para que ele consiga alcançar seu objetivo, que é a caminhada dele para o senado. Quem sabe eu possa votar nele para senador, já que ele é do meu partido. Eu vi o quadro e vi que a única possibilidade seria votar nele.” Resumiu o vereador que caminha entre diferentes e perigosas ligações. Questionado se sua fala era apenas uma tentativa de conseguir manchetes, disse que não, apenas demonstra aceitação de uma decisão judicial.

Desfalando

O presidente da Mesa Diretora da Câmara, Mario Cesar (PMDB), fugindo ao seu estilo de discorrer longamente com argumentos que buscam embasar suas decisões, foi lacônico: “Acho que a consideração do ministro foi plausível. Existem algumas questões jurídicas ainda com relação ao decreto. Em algumas instâncias [estão] pacificadas e, nas superiores ainda não, eu acho que nós temos que salvaguardar o direito de todos.  Eu acho que o [ministro] Gilmar Mendes teve essa isenção, se vale para outras pessoas, por que para o Bernal, não? Mas, se em algumas instâncias está definido que o Decreto está correto, salvo melhor juízo, eu acho que a decisão está correta.”.

Fiés

Fiéis ao prefeito, ou como preferem se posicionar, fiéis aos eleitores que por ampla maioria elegeram Alcides Bernal prefeito de Campo Grande em 2012, comemoraram a decisão do ministro do STF.

Paulo Pedra (PDT) disse já esperar por esta decisão [favorável] baseado em três pontos: o próprio processo de cassação [onde haveriam irregularidades]; a decisão do juiz que suspendeu os efeitos da cassação e deixaram o ex-prefeito sub judice e; o decreto publicado pela Câmara, onde não consta que o ato foi consubstanciado pelo Decreto 201. Portanto, segundo Pedra, isso já era esperado e o STF só confirmou a decisão.

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