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Política

há 4 anos

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Ensino de gênero e sexualidade divide vereadores em Campo Grande

Bolsonaro pretende proibir 'ideologia de gênero' nas escolas

Anúncio do presidente Jair Bolsonaro (PSL), de que pediu ao Ministério da Educação para proibir a discussão sobre "ideologia de gênero" nas escolas, causou muita discussão entre políticos e especialistas. 

Na Câmara de Campo Grande, o presidente da Comissão de Educação, vereador Valdir Gomes (PP), e o vice-presidente, dr. Cury (SD), têm visões opostas sobre o assunto.

Ao TopMídiaNews, eles deram opiniões pessoais, sem representar a Comissão. 

Contra o projeto, Valdir - que é professor - diz que proibir não é o melhor para educação e as imposições são ruins, pois, quando a criança tem tendência a certa sexualidade, é difícil mudar.

“Acho que tudo aquilo que eles [governo] fazem para proibir dentro da educação, as crianças ficam mais curiosas para saber. Eu sou a favor da liberdade vigiada. Tem que dar uma formação, eles tem que ver questões de conteúdo e não querer doutrinar aluno, porque não consegue”, diz.

(Vereador Valdir Gomes- Foto: André de Abreu)

O parlamentar explicou ainda que a discussão sobre gênero não tem influência na sexualidade da criança. “Não influencia a criança ou adolescente. É melhor se informar do que aprender errado. Tem que ter orientação dos pais, tem que falar e não induzir a fazer”.

A favor do projeto, mas com ressalvas

Já o colega de comissão, vereador Cury, disse à reportagem que, pessoalmente, é a favor da instituição da lei com certas ressalvas como profissional de medicina. Na visão dele, a escola foi feita para ensinar disciplinas didáticas e que valores familiares, religiosos e sexuais são de responsabilidade da família. 

Ele citou a experiência de 43 anos de medicina dedicados à criança e ao adolescente. Dessa forma, segundo ele, até os 14 anos prevalece a imaturidade emocional, física, psicológica, intelectual e hormonal. Com isso, o indivíduo não consegue compreender o desejo, diz o parlamentar.

(Vereador doutor Cury- Foto André de Abreu)

“Quando se estimula isso [estudos de gênero] fora da faixa etária em que a criança está mais preparada, nós estamos induzindo e, ao invés de ajudar, criando um problema”, diz.  

Para ele, a escola precisa voltar ao modelo que foi criada. “A escola tem que voltar a ter o papel de ensinar. O índice de alfabetização está lá em baixo. Em nome dessas ideologias, está abrindo um espaço nas salas de aula para não se cumprir a carga horária necessária para formar um aluno”.

O vereador ponderou que, na segunda etapa da adolescência, de 15 a 20 anos, as pessoas já estão mais preparadas e com valores estabelecidos para esse tipo de discussão. 

“Antes de fazer crítica, dizer que o presidente está certo ou errado, temos que olhar isso [educação], e ver que não está dando certo. Eles não são bons alunos como eram. Concordo que há a necessidade de suspender essa questão de ideologia de gênero, principalmente em crianças até 14 anos de idade”.

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