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Repórter Top: com a coluna 'travada', dona de casa vai embora de UPA sem atendimento

Mulher ficou mais de três horas no local e não recebeu atendimento médico. Ela não estava conseguindo sentar por causa da dor

09 março 2018 - 16h31Por Kerolyn Araújo

A dona de casa Edna Nascimento dos Santos, 52 anos, passou por momentos de dor e aflição na manhã desta sexta-feira (09), enquanto esperava atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) das Moreninhas. 

Quem contou o drama vivido pela dona de casa foi a filha, Danielle Nascimento dos Santos, 30 anos. "Ontem minha mãe começou a sentir dor, foi na farmácia e comprou remédio. Hoje, a dor continuou e ela não estava nem conseguindo andar direito".

Danielle chegou com a mãe na UPA por volta das 8h15. Meia hora depois, a dona de casa passou por triagem. "Perguntei se não tinha como dar prioridade, já que minha mãe não estava conseguindo ficar sentada por causa da dor, mas nada foi feito", explicou.

Outros pacientes, que chegaram na unidade de saúde depois de Edna, foram atendidos antes da dona de casa. A filha foi conversar com a assistente social sobre o caso, mas não foi atendida. Então, ela resolveu procurar a gerência da UPA.

''11h15 fui na gerência, mas o responsável pelo setor disse que não poderia fazer nada, porque estava saindo para o almoço. Minha mãe estava em pé desde às 8h15 porque não conseguia sentar de tanta dor'', contou.

Desesperada ao ver a situação da mãe, Danielle questionou a enfermeira o motivo da demora para o atendimento. ''Ela disse que minha mãe tinha classificação azul e que o papel que explicava o que isso significava estava pregado no mural. Eu peguei o papel para tirar foto e ela arrancou da minha mão. Ainda disse que se eu quisesse um atendimento melhor, que falasse para o prefeito colocar mais médicos no local".

Depois das inúmeras tentativas de atendimento, Edna acabou indo para casa sem passar pelo médico.

O TopMídia News entrou em contato com a Sesau e, conforme a secretaria, os pacientes são classificados em quatro grupos: vermelho, amarelo, verde e azul, sendo o último considerado como 'menos' gravidade, o que causou a demora no atendimento.

Em relação ao atendimento da enfermeira, a Sesau informou que a paciente pode formalizar uma reclamação na Ouvidoria SUS 3314-9955 (atende ligações a cobrar) para que sejam averiguadas as condutas da servidora e posterior abertura de processo administrativo.