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Saúde

18/07/2014 19:00

Santa Casa cria comissão para investigar mortes de pacientes quimioterápicos

Escândalo

A Santa Casa realizou uma coletiva de imprensa nesta tarde de sexta-feira (18) para esclarecer as dúvidas sobre as três mortes de pacientes que realizavam sessões de quimioterapia no setor de oncologia do hospital. Uma comissão foi criada para investigar essas mortes e devem analisar os prontuários das vítimas. O grupo é formado por médicos do hospital e por técnicos da Vigilância Sanitária Estadual. A suspeita é que as pacientes tenham ido a óbito por causa de reações adversas a um medicamento utilizado no tratamento de câncer.


Segundo o hospital, o medicamento foi suspenso quando a terceira paciente deu a entrada na emergência com sintomas de reação alérgica. A Santa Casa disse ainda que os medicamentos são usados nos tratamentos quimioterápicos há 40 anos e nunca foi constatado casos semelhantes.  Na coletiva o presidente da ABCG, Wilson Teslenco, enfatizou que todos os medicamentos são autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, (Anvisa) e vigilância sanitária.


O Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, tem entre os sócios o ex-presidente do Hospital do Câncer, Adalberto Siufi, que não notificou a Santa Casa das três mortes após a quimioterapia e pode ter o contrato suspenso, conforme o presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco, pois “o serviço era terceirizado”. Além de Adalberto Siufi, a clínica tem como sócios: Arlete Delfina Marques Maia, Eva Glória Abrão Siufi do Amaral e José Maria Nossa Ascenço.


Foto: Deivid Correia



O caso

O setor de oncologia não notificou o hospital das mortes. A instituição tomou conhecimento e após a família de uma das vítimas denunciar o caso na ouvidoria do hospital e o fato se tornar público pela imprensa.


Uma Comissão de Óbito ampliado está investigando o ocorrido. Fazem parte da comissão representantes da Santa Casa, da Vigilância Sanitária Estadual e das secretarias municipal e estadual de Saúde. O objetivo é saber qual a causa das mortes.


Vítimas

Carmen Insfran Bernard, de 48 anos, morreu no dia 10 de julho, foi a primeira vítima. A segunda foi Norotilde Araújo Greco, de 72 anos, que morreu no dia 11. Em comum, as duas tinham a luta contra o câncer e as sessões de quimioterapia feitas entre os dias 24 e 28 de junho na Santa Casa e Maria da Glória de 61 anos, que morava em Ponta Porã. As famílias das três pacientes cobram esclarecimentos sobre as mortes.


Priscilla Alexandrino, chefe do centro de controle de infecção hospitalar (CCIH), explicou que as pacientes Carmem e Norotilde já haviam utilizado a medicação outras vezes sem apresentar reações. “Elas já haviam feito duas sessões anteriores usando esses medicamentos. Temos que investigar o que realmente aconteceu. A paciente Maria da Glória apresentou reação ao medicamento na primeira sessão de tratamento quimioterápico”, relatou.


Pacientes em tratamento

O hospital ministra, atualmente, atendimento oncológico a mais de 600 pacientes, 200 deles submetidos à quimioterapia e 400 a hormonoterapia. A unidade de saúde segue rigorosamente todas as normas e protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e Anvisa, que já foi notificada a respeito dos óbitos registrados.


Medicamentos

O medicamento usado nas sessões de quimioterapia é o “Cinco Fluorouracil”, conhecido como 5-FU e o “Ácido Folínico” (DCI) ou leucovorina, medicamento usado para potencializar o uso do primeiro no tratamento quimioterápico gastrointestinal.

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