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Saúde

27/01/2015 16:20

Recém-nascida morre e mulher tem órgão perfurado em procedimentos médicos

Negligência

Duas mulheres, de 26 e 42 anos, procuraram a Polícia Civil, na tarde desta terça-feira (27), para denunciar possíveis casos de erros médicos ocorridos em hospitais de Campo Grande, no ano passado. A jovem Fernanda Brites sofreu negligência médica na hora do parto de sua filha, Lívia, que devido ao sofrimento fetal e uma infecção hospitalar veio a óbito na Santa Casa. Já a artesã Seile Mara Ledesma teve a bexiga perfurada durante uma cirurgia de retirada do útero, na Maternidade Cândido Mariano, e durante cinco meses não conseguiu controlar a urina e os médicos trataram a situação como “normal”.

Em novembro, Fernanda deu entrada na Santa Casa com fortes dores e ficou em trabalho de parto por nove horas sem qualquer dilatação. Mesmo em estado de risco, os médicos plantonistas não realizaram a cirurgia cesariana, esperaram até que houvesse dilatação necessária para o procedimento normal.

Foto: Deivid Correia

               (Foto: Landerson Ricardo)

“A bebê nasceu roxa e não chorou. No dia seguinte que eu fui saber que ela estava na UTI [Unidade de Terapia Intensiva], porque tinha ingerido muito liquido amniótico no parto. Após 27 dias, me falaram que ela havia melhorado, mas um dia eu cheguei ao hospital e o médico me informou que ela ‘não tinha resistido’ a uma infecção hospitalar e que houve sangramento pulmonar”, lembra.

Fístula

No dia 26 de maio, Seile precisou passar pela cirurgia de retirada do útero porque tinha muitos miomas, que poderiam vir a se tonar um câncer. Durante o procedimento, a sua bexiga foi perfurada, causando a chama fístula, mas ela só descobriu depois que a sonda foi retirada.

Foto: Deivid Correia

               (Foto: Landerson Ricardo)

“Durante cinco meses fiquei fazendo xixi na roupa. Tive distensão abdominal e passei por duas cirurgias, mas não resolvia. Só em outubro, quando procurei outro médico, no Hospital do Pênfigo, que o problema foi resolvido”, relata a artesã.

Segundo o presidente da Avems (Associação das Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul), Valdemar Moraes de Souza, nos dois casos houve negligência e erro por parte dos médicos. “No caso da Mara é evidente que a pressa no atendimento causou o problema. Durante muito tempo eles tentaram maquiar a situação, mas os laudos mostram que os medicamentos eram para perfuração”.

Na morte da Lívia, Valdemar acredita que mais casos como esse podem acontecer em todo Brasil. “O Ministério da Saúde quer que o parto normal fique mais comum, mas com isso só haverá mais mortes. Quando não há dilatação o médico precisa realizar a cesariana”.

Os dois casos de erros médicos foram registrados na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro de Campo Grande.

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