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Saúde

há 5 anos

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#Biaquerviver; menina espera por doação de coração em leito de UTI

Bia de 13 anos, tem cardiopatia congênita. Ela passou por cirurgia, sofreu cinco paradas cardíacas e está em coma induzido

Ganhar um coração novo. Este é o único jeito de salvar a vida de Ana Beatryz Moura da Silva, 13 anos. A menina, moradora de Santa Maria, sofre de cardiopatia congênita, com origem ainda no útero materno. Ela já passou por cirurgia, mas está em estado grave no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF).

A doença de Bia, como a garota é carinhosamente chamada por familiares e amigos, foi descoberta quando ela estava com apenas 13 dias de vida. “Recém-nascida, ela passava muito mal, tinha dificuldade em ganhar peso e não mamava. Cansava muito rápido e era pálida. Descobrimos o problema cardíaco em uma consulta no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib)”, relata Patrícia Oliveira Moura, 35, mãe da menina.

De acordo com ela, Ana Beatryz passou por vários exames até conseguir uma vaga pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer uma cirurgia no ICDF, referência em cirurgias cardíacas no Distrito Federal.

“O primeiro procedimento ocorreu em 2005, aos 4 meses. A minha bebê ficou com o coração muito debilitado e precisou de suporte de uma máquina chamada Extracorporeal Membrane Oxygenation (ECMO), que funciona como um coração e um pulmão artificiais. À época, ela foi a primeira criança a passar por esse equipamento em toda a Região Centro-Oeste”, detalha Patrícia.

Piora

Depois do procedimento, a garotinha ficou internada por três meses e voltou para casa. Viveu até os dias atuais em tratamento médico e com limitações físicas. Em agosto deste ano, Bia precisou passar novamente por cirurgia, pois o órgão já não suportaria mais as suas condições.

O drama da família se agravou ao saber que o órgão não reagiu bem ao procedimento. Com isso, a menina precisou novamente do auxílio do ECMO para sobreviver. “A intervenção ocorreu há exatos dois meses. Depois de sete dias com o suporte da máquina, ela voltou para o quarto e teve alta. Para a nossa surpresa, após 15 dias em casa, ela apresentou uma descompensação cardíaca e tivemos que voltar para a unidade de saúde”, conta a mãe.

Na madrugada do dia 16 de outubro, o estado de saúde da menina piorou, avançando para gravíssimo. Bia teve cinco paradas cardíacas e entrou em coma induzido. Desesperada, a mãe faz um apelo para incentivar a doação do órgão. “Esse é um ato de amor ao próximo, para ajudar quem tanto precisa”, lembra.

Bia está internada no ICDF e Patrícia explica que tem sido difícil encontrar um doador. “Um dos exames principais para ela entrar na lista de transplantes ainda não tem resultado. Assim que a minha filha for listada, será prioridade nacional. Tem que dar certo”, torce Patrícia.

Vida nova

O ICDF confirmou, em nota, que a paciente Ana Beatryz Moura da Silva está na UTI do hospital “O estado dela é grave e faz uso de ECMO. A paciente está em fila para transplante cardíaco e aguarda doação de órgão compatível”, explica.

Durante os nove anos do programa, o ICDF já realizou mais de 1.377 transplantes de órgãos e tecidos, tanto em adultos quanto em crianças. “Doar órgãos salva vidas, conforta a dor da perda e traz vida nova para muita gente”, diz trecho da nota encaminhada pelo instituto.

Em setembro deste ano, o Metrópoles mostrou que, apesar de cerca de 32 mil pessoas esperarem transplantes no Brasil, o número de procedimentos no país ainda é insuficiente para atender à demanda.

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), comparando-se a quantidade de cirurgias do primeiro semestre de 2017 com o número de 2018, o aumento foi de apenas 1,7%.

O processo de doação de órgãos deve ser rápido e o tempo é fundamental. Além do tipo sanguíneo compatível, o órgão deve estar funcionando normalmente, ter tamanho correto e, em caso de mortes por infecção, por exemplo, precisa ser descartado. Para que a troca funcione, é preciso respeitar também o tempo que o órgão dura fora do corpo.

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