Com o avanço do novo coronavírus e a flexibilização das medidas de segurança em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, começou a defender medidas mais duras para garantir o isolamento social e fez um alerta para o número de acidentados ocupando vagas de UTI.
“Precisamos tomar medidas para contribuir com o aumento da taxa de isolamento, evitar o número de acidentes, que estão criando dificuldades para nós, à medida que leitos que seriam para pacientes com covid estão sendo ocupada por outras causas, principalmente vítimas de acidentes”, destacou durante live nas redes sociais.
Ele cita a cidade de Campo Grande como exemplo. A macrorregião tem 212 leitos públicos de UTI, dos quais 19% estão ocupados por casos confirmados de coronavírus, 7% por casos suspeitos e 51% por outras causas, principalmente vítimas de traumas. Abaixo a tabela sobre as quatro macrorregiões:
“O número de pessoas internadas em UTI em Mato Grosso do Sul é similar ao que se verificava antes da pandemia. Significa que as pessoas estão saindo [de casa]. E as pessoas que sofrem acidentes, politraumas, estão ocupando leitos que deveriam ser destinados a pessoas da covid”, enfatiza Geraldo.
O secretário prometeu uma conversa com os prefeitos dos 79 municípios, para ajustar medidas mais rigorosas no combate à covid-19. Entre as sugestões, Geraldo adiantou que defende toque de recolher a partir das 20h. Segundo ele, o limite de 23h não tem surtido efeito, com muitas pessoas fazendo festas e aglomerações.