A sífilis é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) causada pela bactéria Treponema pallidum. As formas de transmissão podem ser através da relação sexual sem camisinha com uma pessoa já infectada, ou durante a gestação ou parto para uma criança.
A infecção tem estágios como primária, secundária, latente e terciária. Nos estágios primário e secundário, a possibilidade de transmissão é maior.
São mais de 100 casos novos de sífilis notificados entre os anos de 2017 e 2018, passando de 567 para 677, segundo informações da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande), e de mais de 700 ocorrências no comparativo com o mesmo período, de Sífilis adquirida, passando de 1563 para 2262.
Em 2019, até o mês de setembro, já foram notificados 1.076 casos. De acordo com Douglas Gomes Morilha, da gerência técnica da sífilis da Sesau, o aumento se deve à descentralização dos testes rápidos na rede.
“Em 2017, houve a descentralização para atenção básica, aumentando o diagnóstico. Em 2016, teve o desabastecimento da penicilina G benzatina mundialmente. Em Campo Grande, em 2017, o serviço priorizou as gestantes”.
Douglas conta que providências estão sendo tomadas para que a população fique mais consciente sobre a doença.
“Estamos intensificando ações extramuros, além da implantação da educação permanente sobre a temática de IST, realizando o monitoramento dos casos”.
Sintomas
Ele fala sobre os sintomas detectáveis dos estágios da doença.
“No estágio primário tem o aparecimento de um nódulo indolor que tem seu desaparecimento em 7 dias, já no estágio secundário aparecem lesões em forma de máculas, descamação da região das palmar e plantar, como se fosse uma alergia. Pode estar associado com febre, cefaleia e alopecia, que é queda de cabelo. No estágio terciário são acometidos os sistemas neurológico e cardiovasculares, apresentando retardo e diminuição da acuidade visual”.
No caso das gestantes, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, com a penicilina benzatina, capaz de prevenir a transmissão vertical.
“Gestante que não efetua o tratamento correto o feto nasce com sífilis congênita pode ocorrer aborto, má formação fetal”, destaca.
O teste e a medicação são disponibilizados nas unidades básicas de saúde.