Dia 21 de junho começou o inverno oficialmente, porém, antes disso, várias ondas de frio estiverem presente em Mato Grosso do Sul. Com o tempo gelado, várias são as doenças respiratórias que vêm à tona.
Além dos rotineiros resfriados desta época do ano, a covid-19 preocupa e, alguns, chegam até a confundir os sintomas.
Em pouco mais de um mês, o país registrou uma alta de 78,3% nos registros de novos casos de Covid. Na última semana do mês de abril, os dados mostravam uma média móvel de 14.600 novos diagnósticos. Já em 31 de maio, o número saltou para 26.032.
O médico otorrinolaringologista Alexandre Cury salienta que conhecer as principais diferenças entre essas infecções virais pode ser uma boa forma de saber quando é preciso ir ao hospital ou fazer um tratamento mais direcionado e eficaz.
“A Covid-19, a gripe e o resfriado são doenças que afetam o sistema respiratório e, por isso, podem apresentar sintomas muito semelhantes como cansaço, nariz entupido, dor de garganta e até febre. No entanto, possuem algumas características que permitem a sua diferenciação”, comenta o especialista.
Segundo ele, independente da causa, em caso de sintomas, cuidados como o uso de máscara, lavar as mãos e aplicar álcool gel com frequência, evitar contato próximo com outras pessoas, além de ficar de repouso e beber bastantes líquido, são recomendações gerais e importante sempre ter uma avaliação do seu médico assistente.
No entanto, ainda segundo o especialista, é necessária uma avaliação hospitalar quando os sintomas de alerta como febre persistente; dor muscular intensa e generalizada, sensação de falta de ar, dor no peito, se fazem presente.
“Nos casos em que há suspeita de Covid, o diagnóstico deve ser confirmado por meio do teste de RT-PCR e o isolamento domiciliar respeitado, rigorosamente, para que não haja disseminação maior do vírus. Verificar a evolução dos sintomas também é essencial”, enfatiza o médico.
Nem sempre a doença se manifesta de forma igual, mas geralmente a evolução do quadro é um bom sinalizador.
Conforme Cury. No quadro gripal os sintomas são mais agudos, surge de um dia para outro com sintomas fortes, como febre e intenso mal-estar.
Já no resfriado a evolução é lenta e os sintomas são mais leves, como uma febre baixa por exemplo. Costuma melhorar em poucos dias.
E quando se tratada da covid a evolução geralmente é gradual, com uma piora do quadro clínico. Outro diferencial que podemos lembrar é a falta de olfato, muito comum em pessoas com COVID-19, mas rara nos demais casos.
“Importante sempre ter a avaliação de um médico assistente, seja presencialmente ou atendimentos por telemedicina, que assim proporcionam avaliação médica sem que o paciente precise se deslocar até um pronto-socorro. Na presença de sintomas de alerta, o atendimento presencial a nível hospitalar é o mais indicado”, finaliza.