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Saúde

01/12/2013 13:00

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Grupos de prevenção ao HIV/Aids protestam contra Sesau e denunciam falta de recursos

Denúncia

Na manhã deste domingo (1º), no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de julhos, entidades e ONG's que lutam para prevenir e apoiar portadores do vírus HIV estiveram reunidos para divulgar dados sobre a doença, orientar a população e distribuir preservativos.


Com o movimento 'Luto e na Luta no Ato', os voluntários realizaram uma manifestação com blitz e direito a faixas pretas, denunciando o descaso com a política de luta contra Aids, na Capital. Segundo foi divulgado pelos participantes, mais de 60% dos recursos transferidos pelo Governo Federal para ações de prevenação e assistência às vitimas de DST/HIV/ Aids estão na conta da Prefeitura parados.


Hoje se comemora o Dia Mundial Contra a Aids, porém em Campo Grande os atendimentos a população estão paralisados em razão da falta de materiais para diagnóstico ou mesmo para ampliar campanhas preventivas. A informação foi confirmada pelo presidente do grupo Iguais, Sebastião Júnior.


"Além de trabalharmos contra a vergonha e o preconceito, os recursos do governo federal destinados ao atendimento de DSTs em Campo Grande estão paralisados, por falta de repasse municipal. Para se ter uma ideia, na campanha da Sesau, os funcionários não tinham nem material de campanha (folderes e informativos), sendo preciso utilizar o material remanescente da administração anterior", revelou Júnior.


Os voluntários distribuíram em torno de 12 mil preservativos, no entanto, muitas pessoas ainda tem vergonha de aceitar a proteção. Para a presidente da Associação de Amparo a Família, Rosalva Nakamura, a educação começa pela base, que é a família. "Para mim não tem esta história de foi mal, não deu tempo de usar camisinha. Pois, seja a questão do filho indesejável ou contrair doenças sexualmente transmissíveis, quem paga o preço, a conta é o governo e toda a sociedade", criticou.


Entre as Associações e Ongs participantes estiveram: Movimento de Luta contra Aids, União Comunitária de MUlheres em Associação (Unicam/MS), Grupo de mães, Movimento pela Liberdade e Expressão Sexual (Mescla), Ong Azul (Direitos Humanos), Grupos Iguais (GLBT) e Águia Morena (Grupo de Redução de Danos da Região das Moreninhas).

 

Panorama da Aids - Na década de 70 quando surgiram os primeiros casos da doença no mundo, existia o estigma de condenção à morte. Primeiro pela falta de medicamento e pelo definhamento físico que o paciente enfrentava. Desde a descoberta dos anti-virais, o controle da doença vem sendo realizado e as pessoas podem ter uma vida tranquila. O último boletim divulgado pela Sesau em 2012 informou que 8% da população campo-grandense tinha HIV, porém até o momento não foram informados dados atualizados da doença.


Outra informação importante é que no Mato Grosso do Sul os municípios com maior índice de HIV confirmado são: Rio Verde, Bandeirantes, São Gabriel D'Oeste, Inocência e Alcinopólis. O presidente e um dos fundadores da Fundação Casa, que é um centro de apoio social a portadores do vírus, Almir Machado Guimarães revelou dados alarmantes.


"É preciso que a população saiba a diferença entre HIV e Aids. Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada quatro pessoas é portadora do vírus. Aids é um caso parasitário em que as doenças já se instalaram, Há pessoas que vivem 25, 30 anos soropositivas, ou seja com HIV. Isso sem contar que existem 78 genótipos diferentes do vírus", esclareceu Guimarães.


HIVxAdolescência - Outro ponto reforçado pelos voluntários é a questão da doença na adolescência. Cada vez mais, os jovens iniciam a vida sexual com pouca idade e não se protegem, aumentando o número de casos. Para Cleuzenir de Araújo Bento, conhecida como Nininha, assistente social e membro da Unicam/MS (União Comunitária de Mulheres em Associação), ainda existe muita discriminação em relação ao preservativo feminino. "É preciso ter coragem para conversar com o marido a fim de utilizar o preservativo. Essa questão da traição existe sim e é preciso tirar a máscara do marido perfeito. É uma questão de prevenir os dois, marido e mulher", afirmou.

 

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