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Saúde

há 1 hora

Jovem queimado com chapa espera há 5 meses por exame de broncoscopia em Campo Grande

Secretária de saúde diz que ele "não é o único paciente do Estado" e não pode agir fora das normas

Geovane Mateus Costa Lima, de 26 anos, espera há cinco meses por exame de broncoscopia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), após ficar com 28% do tórax e vias aéreas queimados ao manusear combustível perto de uma chapa quente. 

Para o portal Região News, a esposa de Geovane, Rarielen Santos Pereira, explicou que ele preparava carne quando, ao colocar combustível, ocorreu uma explosão. Devido à gravidade dos ferimentos, ele foi transferido para a Santa Casa de Campo Grande em vaga zero, passou por intubação, ficou 15 dias na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e outro 19 na área de queimados. 

No momento em que o jovem recebeu alta, ele conseguia falar, mas dois meses depois, perdeu totalmente a voz. A broncoscopia, realizada durante a internação e que deveria ter sido repetida no mesmo período, segue sem previsão.

A família também aguarda, há três meses, uma cirurgia para trocar a cânula usada por Geovane, que já não atende às necessidades do tratamento.

“Estamos sem qualquer previsão concreta, apenas justificativas e promessas que nunca se cumprem. Um processo que já seria longo por natureza está se tornando desumano, desmotivador e sem esperança, por pura falta de retorno e resolução”, diz Rarielen. Como é considerado um procedimento ambulatorial, a Santa Casa, que está passando por um dos crônicos ciclos de crise financeira, suspendendo a realização dos exames.

O casal tem um filho de seis anos. Antes do acidente, Geovane trabalhava como armador em uma empresa de pré-moldados de concreto, e Rarielen era manicure. Ele não pôde voltar ao trabalho, e ela deixou a profissão para cuidar do marido. Hoje, vivem da ajuda de amigos e parentes.

“Me sinto desgastada. Parece que estamos pedindo um favor. A gente adoece em outras áreas, psicologicamente. É estressante ficar de um lado para o outro. Não sabemos como está a garganta dele por dentro; isso me angustia”, desabafa.

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que o pedido do exame foi inserido no Sistema de Regulação em 2 de dezembro e aguarda disponibilidade de vaga. O caso passou pela Regulação de Campo Grande, que reclassificou o pedido de urgência para prioridade amarela, ou seja, ‘pouco urgente’, enviando-o para fila única. 

“Estamos empenhados em solucionar o caso sem interrupção, dedicando esforços diários. Considero injustas as declarações feitas na imprensa, que sugerem falta de assistência ou interesse em regularizar a situação. É importante lembrar que ela e o esposo não são os únicos pacientes do Estado, e não podemos agir fora das normas estabelecidas”, disse a secretária Municipal de Saúde, Vanessa Prado.

A secretária garante que em nenhum momento a situação do jovem foi negligenciada.

“Chegamos a oferecer a possibilidade de arrecadar fundos para custear o tratamento particular, já que não foi possível obter vaga em Campo Grande. Tentamos também o TFD (Tratamento Fora do Domicílio) para buscar alternativas em outros hospitais. Todos sabem da situação precária em Campo Grande: a Santa Casa e o Hospital Regional são as principais referências para o caso de Cilindro Lange. Se a Santa Casa não pode realizar o procedimento, somos obrigados a procurar outras opções, como o Hospital Universitário, que também não realiza”.

Ela reforça que a equipe tem ido além das obrigações legais. “Dentro dos limites da minha competência, e até mesmo excedendo-os, estamos atuando para oferecer o melhor suporte possível”.

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