O vereador e médico mastologista Victor Rocha propõe que o Ministério da Saúde reduza a idade mínima para rastreamento do câncer de mama no SUS, passando de 50 para 40 anos.
A defesa se baseia nos dados do Projeto Casa Rosa, que já atendeu cerca de 9 mil mulheres e diagnosticou 174 casos da doença, sendo 40% em pacientes com até 40 anos.
A discussão ganha força diante da recente polêmica envolvendo a ANS, que cogitou restringir a cobertura de mamografias para mulheres entre 50 e 69 anos.
Entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), reforçam que o rastreamento a partir dos 40 anos salva vidas, independentemente do histórico familiar.
Atualmente, o SUS cobre a mamografia a partir dos 40 anos apenas para mulheres com fatores de risco. No entanto, o INCA aponta que 40% dos casos de câncer de mama ocorrem antes dos 50 anos, e 22% das mortes acontecem nessa faixa etária.
Para Victor Rocha, a detecção precoce aumenta as chances de cura em até 95%, reduzindo a necessidade de tratamentos agressivos e onerosos ao sistema de saúde. “Precisamos garantir que a mamografia seja um direito de todas a partir dos 40 anos, de forma anual pelo SUS”, enfatizou.