Onze dias após fazer um apelo para conseguir atendimento domiciliar para a filha Manuella Vitória Carvalho dos Santos, de 4 anos, a dona de casa Lucileia dos Santos Carvalho, de 40 anos, continua sem respostas e sem atendimento home care para a criança, que tem microcefalia, paralisia cerebral e epilepsia de difícil controle, em Campo Grande.
No dia 14 de abril, o TopMídiaNews noticiou o caso da família e a luta da mãe, que vê diariamente a necessidade da filha em receber visitas de fonoaudióloga, nutricionista e fisioterapeuta. No entanto, por falta de pagamento, os atendimentos não estão sendo realizados na residência da família, no bairro Tarsila do Amaral.
Mesmo com a divulgação do caso e as cobranças incessantes da mãe, a menina segue sem previsão para receber os atendimentos domiciliares.
"Depois de procurar a mídia, retornei à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), implorei por atendimento, mas continuam empurrando para a empresa que presta o serviço de home care, e a empresa segue dizendo que a secretaria não repassou o pagamento", desabafa.
Lucileia explica que obteve na Justiça o direito de a filha receber atendimento domiciliar, mas a empresa alega que não enviará os profissionais de saúde devido à falta de repasse por parte da Sesau.
Manuella é traqueostomizada, usa um aparelho para ajudar na respiração e se alimenta por sonda. A casa foi adaptada para oferecer um leito confortável, e as profissionais de saúde se revezavam durante a semana nos atendimentos à criança.
"Minha filha precisa da fisioterapia, das visitas da médica dela, da nutricionista, da fonoaudióloga. Até a técnica de enfermagem não está mais vindo. Já se passaram mais 10 dias, e isso é muito prejudicial para ela", desabafa a dona de casa.
A reportagem entrou novamente em contato com a Sesau sobre o caso e aguarda retorno.