Os indicadores alimentares de Mato Grosso do Sul preocupam o Ministério da Saúde que revelou que 55% da população adulta de Campo Grande estão com excesso de peso. Além disso, 18% consomem refrigerantes em cinco ou mais dias da semana, sendo que a máxima registrada nas capitais brasileiras é de 29% e a mínima é de 7%.
Participando do lançamento do Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional em Mato Grosso do Sul realizado na última quarta-feira (5), o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Arnoldo dos Campos, revelou que os dados são ainda mais preocupantes considerando que 30% das crianças campo-grandenses já apresentam sobrepeso.
De acordo com ele, o Brasil reduziu em 84,9% o número de subalimentados, através de políticas públicas para o aumento da renda e o fortalecimento da agricultura, mas agora possui um desafio para mudar os hábitos alimentares do brasileiro incentivando o consumo de alimentos in natura.
“Trabalhamos primeiro no acesso aos alimentos e agora vamos estimular a qualidade. As complicações decorrentes do sobrepeso como as doenças crônicas, diabetes e doenças cardiovasculares se transformaram em um problema muito maior que a fome no país. Precisamos levar alimentos saudáveis e informação ao consumidor”, explica.
Lançamento do Plano Estadual de Segurança Alimentar contou com a presença da vice-governador Rose Modesto e autoridades locais - Foto: Geovanni Gomes
Para estimular o consumo de alimentos mais saudáveis, o Governo Federal investe na oferta de alimentos diversificados e que respeitem a cultura alimentar local. O objetivo é cumprir a recomendação da Organização Mundial de Saúde para o consumo de hortaliças e frutas, além da prioridade para alimentos com o mínimo possível de processamento, como o arroz e o feijão.
Durante o evento, Arnoldo ainda destacou que 75 mil famílias sul-mato-grossenses têm acesso ao Programa Bolsa Família. Para estimular a produção da agricultura familiar local, 4.400 famílias indígenas vão recever assistência técnica do Governo Federal e 20 mil famílias indígenas também recebem cestas de alimentos.