As reclamações sobre a superlotação das unidades de saúde em Campo Grande têm sido constantes. A chegada das baixas temperaturas contribuem para uma maior procura de atendimento médico devido a problemas de saúde, principalmente os respiratórios em crianças.
"Antes mesmo do frio intenso, as crianças já estavam ficando muito doentes, gripes, corizas e tosses, estão afligindo muito os pais e as mães e lotando os pronto-socorros e os consultórios, a gente tenta remediar da melhor forma possível, uma das coisas é vacinar nossos filhos contra a gripe", destaca a pediatra Natacha Dalcolmo.
É válido pontuar que a campanha da vacina da gripe está aberta para crianças acima de 6 meses de idade.
Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), desde o mês de abril, a procura por atendimento pediátrico na Rede Municipal de Saúde aumentou exponencialmente se comparado com os meses anteriores.
Segundo a pasta, há registro de aumento de cerca de 200% no volume de atendimento em determinados períodos.
As síndromes respiratórias representam uma parcela significativa da demanda, no entanto, conforme explicado, existem outras patologias presentes como as viroses e emergências clínicas.
Em média, somente nas unidades de urgência e emergência, UPAS e CRSs, 1.100 crianças são atendidas por dia. O maior volume de atendimento se concentra no início da semana.
Para amenizar o problema, a Sesau destacou ao TopMídiaNews, que tem buscado reforçar o quadro funcional destas unidades através da convocação de novos profissionais.
Atualmente, todas as unidades onde há o atendimento em pediatria estão sendo mantidas com escalas completas, tendo em média de 5 a 6 profissionais por período.
“A SESAU faz o monitoramento constante do fluxo de atendimento nestas unidades e, havendo necessidade, encaminha uma unidade/equipe de apoio para dar suporte nos atendimentos, sobretudo de casos de menor gravidade que eventualmente possuem tempo de espera maior. Atualmente, o Município conta com 92 médicos pediatras em seu quadro funcional, fazendo o atendimento em toda a Rede, o que inclui as unidades básicas e de saúde da família. O quantitativo de profissionais, inclusive, é superior à média nacional considerando a proporção populacional”, finalizou a pasta.