O impasse entre a prefeitura e a Santa Casa de Campo Grande pode continuar por tempo indeterminado se o Governo do Estado não ajudar, pois a prefeitura alega que não possui recursos para enviar ao hospital.
De acordo com o secretário municipal de saúde, Jamal Salém, a reivindicação é justa, mas o município passa por crise financeira.
“Eles querem o repasse de mais R$ 4 milhões. É um direito, é justo, mas a prefeitura não tem condição de arcar com tudo sozinha, pois a Santa Casa não atende só Campo Grande, atende o Estado inteiro. Queremos que o Governo do Estado pague metade, estamos só aguardando a resposta que deve sair por quarta-feira (17)”, afirma.
Maior hospital de Mato Grosso do Sul, o hospital enfrenta nova crise com o vencimento de ‘contrato tampão’ realizado com a prefeitura, que expirou em 7 de junho. Sem os recursos, a instituição luta para manter as contas em dia e acabou atrasando o pagamento dos funcionários que, na terça-feira (9), realizaram protestos em frente à Santa Casa.
Reunião com o diretor presidente da entidade, Wilson Teslenco, estava marcada para a quinta-feira (11), mas nenhum representante da prefeitura compareceu. Com o descaso do poder público, o hospital ameaça fechar alguns setores e reduzir o atendimento à população.
O objetivo da Santa Casa é fechar um acordo para a assinatura de um contrato com validade de cinco anos, cláusula para reajustes anuais e aumentar os repasses. Além disso, a entidade exige que a prefeitura pague R$ 20 milhões que estão atrasados.
Conforme Teslenco, o valor se refere a um decreto de lei para o pagamento de empréstimo, gastos com serviços extra teto, repasses que não foram feitos e de despesas com tratamentos de alta complexidade que foram prestados e que não estavam inclusos no contrato.