A Reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Célia Maria Oliveira, se reuniu com servidores do HU (Hospital Universitário) na manhã desta terça-feira (23) para pedir uma trégua à greve.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino de MS (Sista), o encontro foi no gabinete da Reitoria, no final da manhã. Segundo representantes da comissão que participou da reunião, Célia teria pedido uma trégua à greve.
Além de rejeitar o pedido de trégua, os trabalhadores decidiram ainda que vão endurecer a greve. Célia Maria receberá a ata da assembleia que decidiu que entregará os plantões hospitalares de hora extra feitos para suprir a falta de funcionários a partir do dia 1º de outubro.
“Não temos condições de finalizar a greve. A gente ainda não tem garantias do recebimento dos plantões já feitos. Portanto, não podemos continuar fazendo outros”. Segundo o coordenador do Sindicato dos trabalhadores Técnicos e Administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Lucivaldo Alves dos Santos.
Os servidores esperavam obter resposta da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que desde dezembro de 2013 administra o hospital cuja responsabilidade até então pertencia a UFMS.
“A gente ficou, durante muito tempo, refém de um jogo de empurra entre a Ebserh e a Universidade. Foi preciso entrar em greve para que alguém tentasse resolver esse problema”, disse Antônio Celso.
No entanto, os funcionários só pretendem repensar o movimento se houver sinalização concreta sobre o pagamento dos plantões. Do contrário, manterão a greve por tempo indeterminado. Segundo o comando de greve, a adesão ao movimento cresce a cada dia e já afeta o atendimento no hospital. Os grevistas informam ter tomado conhecimento de que cirurgias eletivas (aquelas previamente marcadas) estão sendo suspensas devido à falta de pessoal.
O hospital admitiu por meio de sua assessoria de imprensa admitiu dificuldades na prestação dos serviços. Porém, negou que tenha adiado qualquer cirurgia que já estava marcada. Conforme a assessoria não estão sendo realizadas novas consultas e nem mesmo agendadas novas cirurgias.
Já o atendimento de urgência e emergência está sendo feito normalmente. O pessoal de servidores trabalhando varia de 30% a 50%, dependendo do setor, conforme o hospital.