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Saúde

05/12/2021 18:10

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Saúde acompanha 2,1 mil pacientes com Aids em Campo Grande

Dos casos registrados entre 2011 e novembro deste ano, 71% são de homens, e 29% em mulheres

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) acompanha 2.116 pacientes diagnosticados com o vírus HIV em Campo Grande. Os dados foram apresentados em audiência pública, realizada na Câmara Municipal, a pedido da vereadora Camila Jara (PT).

A região urbana do Anhanduizinho, com cerca de 180 mil habitantes, é a que registra maior número de casos:  552, ou 26% do total. São 290 pacientes a cada 100 mil habitantes, média superior à da Capital, que tem 231 para o mesmo grupo de moradores.

A menor taxa está no Centro, com 196 casos para cada 100 mil habitantes. A região urbana do Bandeira, com cerca de 120 mil moradores, tem 332 diagnosticados com a Aids. O Lagoa, que tem população parecida, tem 320 casos.

Essas regiões englobam alguns dos bairros mais populosos e carentes, como Centro-Oeste, Los Angeles, Centenário, Lageado, Dom Antônio Barbosa, Jardim Canguru, entre outros.

As regiões do Imbirussu (244), Prosa (234), Centro (157) e Segredo (274) completam a lista, segundo a assessoria da Câmara Municipal.

“Campo Grande e Mato Grosso do Sul apresentam taxas de detecção maiores que o Centro-Oeste. Então é uma realidade que a gente não pode ignorar. Além disso, observamos uma mudança no modo de transmissão, que antes ocorria principalmente por relações sexuais, e no último ano passou a ter maiores registros de transmissão vertical, que é a passagem do vírus da mãe para o bebê. Precisamos discutir esses fenômenos e pensar em soluções em conjunto com a sociedade, para salvar vidas e também combater o preconceito e a desinformação”, destacou Camila Jara.

Dos casos registrados entre 2011 e novembro deste ano, 71% são de homens, e 29% em mulheres. A Sesau também apontou que, no mesmo período, houve 587 óbitos por Aids em adultos, média de 53 por ano.

Segundo a coordenadora de programas IST/Aids da Sesau, Fabiane Dittmar, o município adotou uma série de medidas para aperfeiçoar a atenção ao portador do vírus, bem como garantir atendimento a todos que precisam dos medicamentos para o controle da doença.

“A pessoa em tratamento vai tratar uma doença crônica igual hipertensão ou diabetes. O serviço está atento a essa situação, e estamos trabalhando com foco na redução dos casos em abandono e precisamos estabelecer um canal de comunicação”, disse, lembrando que a Sesau descentralizou o tratamento para 22 unidades dispensadoras de medicamentos.

A audiência foi realizada no dia 1º de dezembro, data que marca o Dia Mundial de Luta contra a AIDS. Dados da Unicef apontam ainda que pelo menos 310 mil crianças foram contaminadas com o HIV no ano passado, o equivalente a um menor a cada dois minutos. Além disso, estima-se que 18 milhões de pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil.

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